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Vancouver será a primeira cidade a receber a aguardada nova turnê do U2. “Innocence + Experience Tour” terá seu pontapé inicial dias 14 e 15 de maio, em uma arena para 18 mil pessoas. Esta vai ser a tendência do novo giro mundial da banda, que vai deixar de lado um pouco da megalomania da anterior turnê 360º.
Ensaiando há algumas semanas em outro ginásio da cidade, o U2 concedeu sua primeira entrevista em um bom tempo para o New York Times. Os shows começam meses depois do polêmico lançamento de “Songs of Innocence”, 13º álbum de estúdio deles que ganhou estratégia promocional em parceria com a Apple e dividiu opiniões, já que cópias do álbum foram parar em aparelhos de clientes que até não fizeram a solicitação.
Foi um prato cheio para os haters da banda, os quais Bono quer certificar que “existem”. “A ideia de que possa haver toda uma gama de público lá fora que ainda não goste da gente está realmente nos transformando. Isso nos faz querer sair e encontrá-los, ver se eles estão mesmo lá. Eles podem não estar. Acho que a Apple e nós mesmos tivemos muita repercussão negativa que foi dirigida à Big Tech por saber muito sobre nós. Mas, na verdade, a Apple não está muito interessada em cada pesquisa que você já fez; ela está apenas interessada em sua música, então não é muito justo tratá-la dessa forma. E eu, como uma pessoa que há tempos sou membro da Anistia Internacional, e todos esses crimes contra os direitos humanos, acho que isso foi como aqueles e-mails indesejados. E e se isso está no topo de suas preocupações, ou ao menos na metade, então sua vida é realmente fantástica”, disse ao NYT.
O vocalista também viveu momentos pessoais difíceis, o que colaborou para um certo atraso da divulgação do disco. Ano passado, ele sofreu um acidente ao cair de bicicleta em Nova York, que resultou na fratura de sua mão e seu braço direitos em seis partes. Ao jornal, ele disse que ainda não consegue dobrar um dos dedos, que tem a “rigidez de um cadáver”, que não sabe se vai recuperar o movimento e que seu antebraço e cotovelo “ainda estão dormentes”.
Sempre inovador com cenários, o palco novo será cercado por telões de LED e lâmpadas fluorescentes. Haverá um segundo palco menor para representar a passagem dos álbuns “Songs of Innocence” e “Songs of Experience”, que a banda está gravando como sequência.
Se o interesse pela banda diminuiu? Já estão marcados 68 shows mundo afora, em arenas, e 98% dos mais de 1,2 milhões de ingressos já foram adquiridos.
E quem for ao show novo do U2 também verá o novo cabelo do Bono, agora… loiro.
* Fotos de Todd Hessler / New York Times
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