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Sério. Debbie Harry em foto de Meredith Jenks
Estreamos na semana passada o #tbt Popload, um “flashback” às quintas-feiras (como manda a hashtag) com posts, entrevistas marcantes, vídeos, sessions, matérias que chocaram a Cena e descobertas que você (muito provavelmente) ouviu aqui primeiro. A ideia é resgatar essas pérolas que acabaram esquecidas nas mudanças de uma casa para outra ou então, como no caso deste especial de hoje, podem simplesmente ter virado banheiro de gato.
Sempre falamos de mulheres memoráveis aqui e estava procurando uma entrevista com uma delas para comemorar o dia de hoje, este 8 de março feminino. Lembrei de quando entrevistei a Debbie Harry para a Ilustrada e vi Blondie ao vivo em Nova York, em show comemorativo dos 40 anos da banda. Só então percebi que a entrevista completa acabou nem saindo no site! Na época, chegamos a publicar a resenha do show com fotos e vídeos, destacando uma frase da cantora que prometia vir ao Brasil “em breve”, mas só isso.
Ótimo motivo para relembrar deste bate-papo que aconteceu há quatro anos e aproveitar também para eterniza-lo por aqui. A promessa da Debbie ainda não foi cumprida, mas a gente vai cobrar.
*ATENÇÃO: contém um plot-twist no final. Papito!
Foto do show em NY, em 2014
Blondie chega aos 40 com disco e turnê
LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NOVA YORK
30 de maio de 2014
Uma garota-propaganda de uma marca de óculos jovem que não é exatamente uma garota —ou, na verdade, é uma “garota” de quase 69 anos— só poderia ser a cantora americana Debbie Harry.
A loira e sua icônica banda Blondie, importante nome do prolífico punk/new wave nova-iorquino do final da década de 1970, completam 40 anos de carreira em 2014 de volta ao noticiário musical.
O grupo acabou de lançar seu décimo disco de inéditas, apresentou-se no grande festival Coachella e tem feito shows pequenos em Nova York como ensaio para sair em uma turnê mundial.
“Não acho que isso que está acontecendo com o Blondie agora seja um recomeço para nós. A banda nunca acabou. Temos uma turnê mundial planejada. Desta vez certamente iremos ao Brasil”, diz Debbie em entrevista à Folha.
“Cantar no Coachella com o Arcade Fire, para 80 mil pessoas, para mim foi apenas diversão. Nada de mais”, diz. “Não faz muito tempo, tocamos em festivais para 80 mil.”
O disco novo da banda, “Ghosts of Download”, foi lançado nos Estados Unidos em 12 de maio. É parte de um pacote com dois álbuns chamado “Blondie 4 Ever”.
A outra metade do pacote inclui as principais músicas da carreira da banda, regravadas nos últimos dois anos.
LATINIDADE
O álbum tem participação especial, entre outros, do grupo colombiano de mistureba musical “afro-hip-hop-eletrônica” Systema Solar. Debbie Harry gravou uma cumbia para o disco do conjunto, que retribuiu emprestando latinidade ao novo single do Blondie, a canção “Sugar on the Side”.
“Nos afundamos em música moderna latina nos últimos anos. Estamos bastante ligados à região. Nos interessa muito esse intercâmbio”, diz o guitarrista Chris Stein.
“Há uma participação acidental brasileira no disco novo”, revela Debbie. “Existe uma canção chamada ‘Mile High’, produzida por um DJ amigo meu, o Hector Fonseca. Ele tocou recentemente numa festa no Rio de Janeiro e gravou o público cantando ‘hey, ow, ow’. Sugeriu botar esse som das pessoas na faixa e colocamos os brasileiros em coro na música.”
O Blondie sai em turnê mundial agora em junho, começando por um giro europeu em Estocolmo, na Suécia, que envolverá o megafestival inglês Glastonbury. Existem conversas para que a banda, que jamais veio ao Brasil, passe pela América do Sul entre o final de julho e começo de agosto.
“Nunca entendi por que nunca fomos aí”, afirma Stein. Ao fim da entrevista, Debbie manda um recado pelo repórter: “Por favor, diga ao Supla que estou mandando um ‘alô’ para ele”.
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