Jools Holland salvando, sempre. Veja The Charlatans e The Last Dinner Party mostrando suas novas músicas (e as não tão novas) na TV

Um dos últimos grandes programas sobre música na TV do mundo, o lendário “Later… with Jools Holland” reuniu no último fim de semana na BBC duas gerações distintas do rock britânico: The Charlatans e The Last Dinner Party. Em apresentações marcadas por contrastes e reverência à tradição musical do Reino Unido, as bandas mostraram faixas inéditas de seus novos álbuns, ambos com lançamentos previstos para este mês.

De um lado, os veteranos The Charlatans apresentaram a faixa-título de “We Are Love”, seu 14º disco de estúdio e o primeiro em oito anos, que chega no dia 31 de outubro. O álbum marca o retorno do grupo ao lendário Rockfield Studios, no País de Gales, o mesmo local onde gravaram o discaço “Telling Stories”, lançado em 1997. Produzido por Dev Hynes (sim, o Blood Orange) e Fred Macpherson, com colaboração de Stephen Street (The Smiths, Blur), o trabalho simboliza um reencontro com o passado e uma celebração da própria história da banda. “A ideia de voltar a Rockfield representa honrar todos os membros que já fizeram parte do The Charlatans”, explicou o vocalista Tim Burgess, descrevendo o novo som como “um passeio de carro conversível nos créditos do seu filme favorito”.

Também do novo projeto, eles mostraram o novo single “Deeper and Deeper”, este muito a cara de Charlatans das antigas.

Além das novas faixas, o grupo brindou o público com uma performance enérgica de “One to Another”, clássico absoluto do “Tellin’ Stories”, um dos pilares do britpop e do rock alternativo inglês.

Na outra ponta, The Last Dinner Party mostrou que seguem carregando a bandeira da boa música britânica em tempos tão plurais. O quinteto feminino apresentou “This Is The Killer Speaking”, primeiro single do aguardado “From The Pyre”, que será lançado em 17 de outubro, ou seja, nesta semana. O álbum sucede o elogiadíssimo “Prelude To Ecstasy” (de 2024) e promete expandir o universo simbólico e teatral da banda. Segundo o grupo, o novo disco é “uma coleção de histórias” ligadas por um conceito de mitologia e renascimento, com The Pyre sendo “um lugar alegórico de destruição e luz”.

Também houve espaço para o TLDP tocar outro single do novo disco, “The Scythe”.