O eterno Johnny Cash, morto em 2003, ganhou mais um disco póstumo, com ares de um dos mais importantes de sua carreira única.
“Songwriter” é o título do projeto, especialmente por se tratar de um álbum com faixas 100% escritas por Cash. E tem toda uma historinha especial por trás dele.
Em 1993, já com 40 anos de estrada, Johnny encerrou o contrato com sua antiga gravadora e se tornou um artista independente. Foi então que ele resolveu gravar um disco de demos com canções que ele havia escrito em diferentes fases de sua carreira.
O local escolhido foi o LSI Studios, que era de propriedade de sua filha Rosey com o marido, Mike Daniels. Com o intuito de ajudar o casal financeiramente, Cash resolveu juntar estas canções em algumas sessions, mas acabou arquivando tudo porque pouco tempo depois ele conheceu o jovem Rick Rubin, com quem passou a ter uma forte parceria que ajudou a revitalizar a fase final de sua carreira.
Cortando para 2023, exatos 30 anos depois, John Carter, filho de Cash, redescobriu as demos gravadas por seu pai no estúdio da irmã, extraiu os canais apenas do vocal e dos violões dedilhados por Johnny, e convocou o produtor David Ferguson para dar uma nova vida às faixas até então escondidas.
Músicos que tocaram com Johnny, como o guitarrista Marty Stuart, o baterista Pete Abbott e o baixista Dave Roe, que morreu no final do ano passado, pegaram as gravações brutas recuperadas por John e trabalharam em cada uma delas, com o propósito de serem revividas da forma mais raiz possível.
O resultado é um discaço de 11 faixas que falam de amor, tristeza, família, redenção e pitadas de humor, e que conta ainda com participações especiais de nomes como Dan Auerbach (The Black Keys) e Vince Gill (Eagles).
Além da versão já disponível em streaming, “Songwriter” também ganhou lançamento em versões físicas como CD e diversas tiragens limitadas em vinil.
A trilha tranquila e nostálgica para o final de semana está aí, abaixo.