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* O grande acontecimento musical dos últimos dias na Inglaterra não foi um festival, e sim a inauguração em Londres da famosa loja de Jack White, a Third Man Records, misto de estúdio de gravação, lugar de performances e sessions pequenas e record store.
A Third Man Records foi criada pelo inquieto Jack White em 2001 em Detroit, tempos do White Stripes, e ganhou sua principal loja em 2009 em Nashville, Tennessee, quando White foi morar por lá para pesquisar a magia dos sons americanos dos primórdios. Sem contar que em algumas edições do festival novidadeiro South by Southwest, em Austin, Texas, sempre era montada na cidade uma loja pop-up por tipo um mês, para ajudar na movimentação local. Há uns três anos, Jack White abriu ainda, lá em Detroit, uma filial em sua cidade de uma fábrica para produzir os discos que criava para ele e para os outros.
Sábado passado foi a vez de Londres, que sempre recebeu Jack White e seus projetos vários, ganhar sua loja própria, a terceira TMR. No badalado bairro do Soho ainda por cima, perto até da loja dos Rolling Stones, recém-lançada.
Parece que tiveram SEIS camadas de filas naquelas ruas-calçadões (algumas estreitas) do Soho, de gente querendo entrar na TMR London de Jack White. Até porque começou a rolar o boato de que o Jack White estava lá para inaugurar a loja e poderia rolar um showzinho.
E ele estava. De cabelo azul. E fez DOIS showzinhos, não um. O primeiro foi dentro da loja, para 30 felizardos, a maioria convidados, em que tocou sete músicas (três do White Stripes, três de seu trabalho solo e uma do Dead Weather, sua “superbanda” com a Alison Mosshart (The Kills) e o Dean Fertita (Queens of the Stone Age). Veja a lista de música, abaixo.
A melhor, ou o mais impactante, foi a segunda apresentação guerilla gig que Jack White fez, fora da loja, na verdade numa varanda do alto do prédio do famooooooso artista britânico Damien Hirst, no lado oposto da TRM London, em trio: ele, um baixista e um baterista. Na qual tocou cinco músicas, incluindo Racounteurs, e finalizando com a hoje atemporal (olha o peso dessa frase) “Seven Nation Army”, com o público fazendo o famoso “Ô-ooooô-oooo” de arquibancada em que foi transformado o hino do White Stripes.
((“Seven Nation Army”, agora de domínio infanto-juvenil, está na trilha do simpático “Cinderela”, musical recém-lançado pela Camila Cabello))
Temos imagens do show “à la Beatles” de Jack White na rua, em Londres. E temos também os dois setlists, o do porão de sua loja e o do “aberto”, da varanda do prédio-galeria do Damien Hirst.
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Show da loja:
* Hello Operator (The White Stripes)
* Why Can’t You Be Nicer to Me? (The White Stripes)
* Sixteen Saltines
* What’s Done Is Done
* I Cut Like a Buffalo (The Dead Weather)
* Love Interruption
* Icky Thump (The White Stripes)
Show da varanda do Damien Hirst
* Dead Leaves and the Dirty Ground (The White Stripes)
* Lazaretto
* Steady, as She Goes (The Raconteurs)
* We’re Going to Be Friends (The White Stripes)
* Seven Nation Army (The White Stripes)
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