Interpol enche com luzes brilhantes e dois discos lindos os shows de SP

Foi rápido e foi intenso. Na sexta-feira e no sábado a banda nova-iorquina Interpol voltou a São Paulo, desta vez para mostrar em dois Audio Club abarrotados a turnê mais que especial de seus dois primeiros álbuns, o “Turn on the Bright Lights” (2002) e “Antics” (2004). E lá se vão mais de 20 anos.

O grupo de Paul Banks já havia feita essa mesma performance no Vivo Rio, na capital carioca, na quarta.

Por aqui, na sexta a ordem foi “Turn on…” e depois “Antics”. Sábado foi invertido, começou no “Antics” e seguiu para o “Turn on”. A diferença no setlist dos dois dias ficou por conta de “Leif Erikson”, do disco 1, que apareceu no setlist na primeira noite e foi substituída por “The New” na segunda.

Os shows paulistanos mostraram como a banda se consolidou musicalmente. Dois discos incríveis do começo ao fim, executados perfeitamente por Paul Banks e Daniel Kessler (foto acima, no show de sábado), desta vez acompanhados por Brad Truax (baixo), Brandon Curtis (teclados) e Chris Broome (bateria), que substituiu Sam Fogarino, atualmente se recuperando de uma cirurgia. As apresentações aconteceram pouco tempo após o maior show da história da banda, quando em maio o Interpol tocou para cerca de 160 mil pessoas no Zócalo, a praça gigantesca da Cidade do México.

No Brasil, vimos o que o Interpol traz de melhor: minimalismo, elegância, emocão… Foram oportunidades de ver ao vivo músicas absurdas quase que esquecidas e reservadas apenas para nossos “players”. Afinal, quando teríamos outra oportunidade de ver performances de canções como “Hands Away” ou “Not Even Jail”?

O visual característico da banda esteve presente, sempre sóbrio, de preto, acompanhado de luzes que pontualmente remetiam a ambas as capas dos discos, numa coisa ora preta, ora vermelha, ora tudo branco. As faixas de luz acendendo todo o recinto, ao som de “NYC” foi um daqueles momentos de arrepiar. “It’s up to me now, turn on the bright lights” (“depende de mim agora, acenda as luzes brilhantes”).

Foram duas noites ao som de músicas tristes que fizeram a alegria de fãs nostálgicos e que, se pudessem, assistiriam quantas noites mais houvessem. Impecável.

Abaixo, o show inteiro da sexta-feira do Interpol em São Paulo.