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* Quando na terça-feira da semana passada, dia 16, saiu uma reportagem sobre o encontro do cineasta Tim Burton com seu ídolo declarado, o brasileiro Zé do Caixão, a Ilustrada botava em sua capa o título “Simpatia pelo Demônio”, uma chamada das mais apropriadas. Nascia assim, no caderno de cultura da Folha de S.Paulo, uma sequência de uma semana homenageando com os títulos da seção a vinda da lendária banda The Rolling Stones ao país, para shows da turnê Olé.
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“Sympathy for the Devil” no original de Jagger e Richards foi sucedida no dia seguinte, quarta, 17, por “Emotional Rescue”. O título “Resgate Emocional”, na Ilustrada, servia para ancorar com letras garrafais a capa do dia, sobre a ideia de a família do famoso cineasta Luis Sergio Person, morto há 40 anos, realizar uma mostra com seus filmes.
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A brincadeira esperta continuou. Na quinta, 18, outro clássico da banda inglesa emprestou seu título para a capa da editoria de cultura da Folha: “Gimme Shelter” virou “Me Dê Abrigo”, sobre a estreia nos cinemas do filme “O Quarto de Jack”, que tem uma das favoritas ao Oscar de melhor atriz.
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Na sexta, 19, de uma polêmica de uma mostra internacional de teatro, cujo pivô era uma peça acusada de texto racista, veio o título de “Sem Expectativas”, traduzindo fielmente o título de música dos Stones do álbum “Beggars Banquet”, de 1968.
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Aí chegamos ao sábado, com reportagem sobre o lançamento no Brasil de livro de Marita Lorenz, ex-amante de Fidel e espiã da CIA, que na capa da Ilustrada apareceu com o título “Infiltrada”, que remete a “Undercover”, aqui um nome de álbum, dos anos 80, que carregava a musicaça “Undercover of the Night”, na época considerada uma música “diferente”, do grupo.
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Domingo estreava a nova temporada do seriado “Girls”, de Lena Dunham, e a Ilustrada tascou um “Algumas Garotas”, para brincar com o clássico “Some Girls”, música e álbum de 1978 da banda britânica. Na época, foi o disco mais vendido dos Stones nos EUA.
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Ontem, segunda 22, “Sal da Terra” foi o título de texto sobre Mostra na Pinacoteca, cujo sub-título explicava que o evento revelava como artistas forjaram a iconografia do continente americano, dos trópicos às geleiras. “Salt of Earth”, dos Stones, é outra música do álbum “Beggars Banquet”, de 1968, conhecida por ter seu primeiro verso cantado pelo guitarrista Keith Richards, não por Mick Jagger.
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Hoje a Ilustrada traz como título de capa o seguinte: “O Tempo Está do Meu lado”, citando outro clássico stoniano, “Time Is on My Side”, para falar de escritora carioca (Martha Batalha) rejeitada por editoras brasileiras, mas celebrada no exterior. Ela finalmente vai ter livro lançado no Brasil.
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Amanhã, o caderno culturete da Folha fecha as homenagens aos Rolling Stones com chave de ouro. É o dia do primeiro show da banda de Jagger na capital paulista. E o título será “É SÓ ROCK’N’ROLL (MAS EU GOSTO)”. Catapóf. Não precisa de explicações, né?
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