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* Desculpa o atraso, gemt.
* Essa história de “show do ano” está complicada agora em novembro. E olha que o Tame Impala e o Metronomy nem tocaram ainda (cóf. cóf.).
A apresentação extra e única do grupo sueco Hives no domingo em SP foi tão assustadoramente bom que, no quesito intensidade de banda e público, deve ter causado curto-circuito no clube da Liberdade. Preciso até me lembrar de perguntar para os donos, isso.
A vibe foi espetacular.
Não me atrevo a elogiar mais do que isso, portanto pedi ao nosso colaborador de shows intensos, o Alexandre Gliv Zampieri, a dar uns pitacos sobre o que aconteceu no Joia domingo, a partir das 8 da noite. Eu demorei a dormir depois.
O Gliv falou o seguinte:
“Come On!!!
Como uma faixa de pouco mais de 1 minuto e letra tão direta quanto simplória funciona de maneira tão perfeita e eficiente para começar um um dos melhores e mais energéticos shows do momento?
Em sua quarta aparição por palcos paulistanos, a primeira vez de forma solo, e após quase sempre se destacar roubando as atenções e fazendo muito barulho, finalmente o grupo sueco The Hives teve sua chance de não precisar competir com ninguém em São Paulo.
Depois de uma boa abertura para o Arctic Monkeys na última sexta no Anhembi (mas que dividiu opiniões com muita interação e poucas músicas), o Hives nessa noite de domingo no Cine Jóia deitou e rolou, cresceu, dominou, porque o palco era só dele, o público era só dele. E funcionou muito melhor.
O vocalista Howlin’ Pelle Almqvist cantou, gritou, pulou e ainda teve tempo para autografar um disco de alguém da plateia, filmar com um celular de outra pessoa, comandar uma distribuição de “souvenirs” de palhetas e baquetas e ainda recolher, usar e abusar de dezenas de cartazes com a palavra “tick” espalhados pela galera (da música “Tick Tick Boom”).
Vale destacar também a presença alucinada e totalmente fora de controle do guitarrista Nicholaus Arson, que com suas caretas insanas e guitarras frenéticas também foi um show dentro do show.
Provavelmente já se preparando para o próximo disco (tocaram três sons novos: “Two Kinds of Trouble,
“I’m Alive” e “The Bomb”) e encerrando oficialmente a tour do álbum de 2012, “Lex Hives”,
o que se viu foi uma banda empolgadíssima e cheia de energia (bem longe de ser uma daquelas cansadas
em fim de turnê), com uma sintonia espetacular com seu público.
E aí, Lúcio?… Esse não foi o show do ano???”
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