O Glastonbury, maior festival de música do mundo, que vendeu nada menos que 120 mil ingressos em menos de 90 minutos para sua edição deste ano, parou a Inglaterra neste fim de semana numa espécie de Copa do Mundo da música, já que é possível ver a história sonora do planeta ser escrita a cada show de artistas de diferentes gerações, da Courtney Barnett até a Dolly Parton. Por isso, para se falar um pouco do que foi um Glastonbury deste ano, a gente resolveu contar 10 popices legais que envolvem até o Banksy em ação brutal, 15 fotos nas quais os moleques do Noel Gallagher ofuscam ele, o Lars do Metallica e o Bradley Cooper e 20 vídeos incluindo a barulheira animal do Parquet Courts.
Fica tudo mais ou menos assim…
10 popices…
* Lily Allen dedicou “Fuck You” para Joseph Blatter, presidente da Fifa, “uma das pessoas mais corruptas, ou melhor, não a mais corrupta, porém a mais irritantemente corrupta” (nas palavras dela).
* Banksy participou do Glastonbury mandando para o festival um caminhão com dezenas de animais de pelúcia gemendo, como se estivessem a caminho de um matadouro. O caminhão passava pelas áreas de refeições o dia todo. A obra tem o título “Sirens of the Lambs” (Sirenes dos Inocentes) em uma clara alusão ao filme “Silêncio dos Inocentes”.
* Dolly Parton foi homenageada pelo expressivo número de 100 milhões de discos vendidos no mundo todo. A icônica cantora country se apresentou na tarde de domingo e atraiu um dos maiores públicos do evento, batendo inclusive a audiência dos headliners Arcade Fire e Metallica. Em seu show, ela contou com a participação especial do guitarrista Richie Sambora, recluso há algum tempo desde sua saída do Bon Jovi. Juntos, tocaram “Lay Your Hands On Me”. Sem o Jon, claro. Mas uma polêmica tem tomado conta da imprensa britânica hoje: há quem diga que a lendária cantora dublou o show todo…
* Austrália I – A doçura Courtney Barnett foi uma das revelações do festival neste ano. Ela se apresentou nos três dias de evento. O seu show principal foi na sexta-feira e despontou como um dos melhores. Mas o Glastonbury quase terminou em tragédia para a mocinha australiana. Ela mesmo contou que bateu com a cabeça no backstage, momentos antes da apresentação e por pouco não teve uma concussão cerebral. Tadinha. “Avant Gardener” e “History Eraser”, dizem, foram algumas das canções mais cantadas no fim de semana na Worthy Farm.
* Austrália II – O som indie australiano “de Manchester” feito pelo Jagwar Ma, que passou pelo Brasil neste ano nas mãos do Popload Gig, fisgou a atenção de muita gente no Glastonbury. Um dos mais animados no show deles, veja só, era Noel Gallagher. Ele, que já teceu elogios ao Jagwar Ma nos últimos meses, acompanhou o show do palco. E viu os australianos retribuírem o carinho, dedicando o show para o irmão do Liam.
* Alvo da principal polêmica do Glastonbury, o Metallica fez show elogiado no sábado. Desde o anúncio da escalação da banda ícone do heavy metal, muita gente andou torcendo o nariz. Do Rob Halford ao Alex Turner, muitos criticaram o primeiro headliner metal da história do Glasto. A banda resolveu retribuir as gentilezas dizendo a todo momento que era um grande prazer se apresentar naquela palco, posto tão invejado por diversos outros artistas. E, claro, zoaram com toda a situação vendendo uma camisa especial contendo as declarações contrárias a eles que saíram na imprensa. Gênios.
* O Mumford and Sons, que anunciou em setembro do ano passado um “hiato por tempo indefinido”, se reuniu de forma bem discreta durante o Glastonbury. Três dos quatro integrantes da banda folk dividiram o palco com as meninas do HAIM em uma das dezenas de tendas pequenas espalhadas pela fazenda onde acontece o festival. Marcus Mumford, Ben Lovett e Ted Dwane tocaram duas músicas dos Rolling Stones com as meninas: “Dead Flowers” e “Honky Tonk Blues”.
* As barbas (momento moda/fuxico) – a imprensa britânica tem dito que o Glastonbury 2014 foi o festival “mais cabeludo” desde 1981, quando o Hawkwind foi uma das atrações principais. Jornais apontam que não só no público, mas principalmente nas bandas que se apresentaram por lá tem muita gente barbuda, tipo o Serge Pizzorno, do Kasabian.
* Arcade On Fire – a banda canadense fez um impressionante show que todo mundo esperava na Pyramid Stage fechando a primeira noite do festival, a de sexta-feira. Para começar, entrou no palco sob fogos de artifício, soltou papéis picados e mostrou todas as pompas e chinfras que a gente está careca de saber. Mesmo assim, eles saíram do festival, mais uma vez, como um dos melhores shows. Um dos pontos altos da apresentação foi quando a banda fake ficou zanzando pelo palco ao som de grandes clássicos do britpop, de bandas como Pulp, The Verve e Oasis.
* Apostas – o Glastonbury 2014 nem tinha acabado e o papo já era sobre 2015, envolvendo os possíveis headliners. Tradicionalmente aos domingos de manhã, o dono do evento Michael Eavis concede uma entrevista coletiva fazendo um balanço da edição atual e projetando a seguinte. Na manhã de ontem, ele disse que já tem praticamente fechados os três headliners do ano que vem e disse que fechou um deles no palco, durante o show do Metallica. Que o cantor é “genuinamente britânico”, mas que sua banda não é. E disse também que o Prince não está no pacote. Nas casas de apostas, os nomes mais mencionados são do Depeche Mode e Fleetwood Mac. Outras bandas como Oasis, Eagles e AC/DC correm por fora.
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15 fotos aleatórias…
(Via NME e Telegraph)
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20 vídeos…