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Vocais rasgados, gravações lo-fi, guitarras extremamente altas e riffs rápidos são todas características de uma vertente muito particular do indie e que teve seu nascimento nos primeiros acordes do Nirvana: o indie rock de garagem. Trazendo essa referência noventista mesclada aos indies do Fidlar, Slaves e Wavves, um inglês de apenas 18 anos vem chamando atenção da crítica mundial. Freak é o nome do responsável por dois ótimos EPs e uma série de apresentações ao vivo arrebatadoras.
O guitarrista e vocalista da banda que leva o seu próprio nome estreou suas composições em 2015 com o EP “What Happened”. Um compilado de apenas 8 minutos de ritmos muito acelerados e riffs frenéticos, tudo isso com um filtro de gravação que beira o lo-fi. Com apenas 3 músicas em sua setlist, o jovem partiu para a ação e começou uma série de shows de divulgação do EP, todos eles marcados por muita energia e suor.
Com a boa repercussão da primeira gravação, Freak lançou o single “Cake”, logo no início deste ano, abrindo o que seria a âncora do seu possível primeiro álbum completo. Nesse mesmo período, ganhou destaque no jornal inglês “The Guardian” com uma matéria de página inteira falando sobre o futuro promissor do garoto que havia pouco tempo havia completado os 18 anos.
Em março a banda lançou outro EP, “I Like to Smile When I’m Sad”, contendo a faixa “Nowhere”, responsável por dar um destaque ainda maior para os garotos, principalmente por ser eleita como melhor música da semana do seu lançamento em diversas plataformas de streaming. Seguindo a onda do hype, o artista e seus companheiros John Kennedy, Zane Lowe e Phil Taggart, foram convocados para o line up de 2017 do clássico Reading Festival.
Indicados como aposta do cenário indie atual, o grupo ainda ganhou espaço no palco de um evento da BBC em maio deste ano, onde tocaram uma versão enérgica e descontrolada da faixa que dá título ao seu último EP. O show, parte da programação da Big Weekend da rádio, aconteceu em um palco chamado de “introducing”, destinado as novas indicações do veículo para a música atual.
Aproveitando a boa fase, a banda lançou recentemente um novo single, a faixa chamada “No Money”. Seguindo a mesma fórmula de seus lançamentos anteriores, quem dá o ritmo é o duo de guitarra e bateria, ainda mais aceleradas e barulhentas, mostrando de forma clara qual é o estilo central que rege as composições da Freak:
Com seus EPs, alguns shows de abertura para o Fidlar e também apresentações muito elogiadas de norte a sul da Inglaterra, Freak vem aparecendo timidamente como uma das promessas do indie de garagem e remanescentes de um estilo que não está em sua época de ouro. Estamos de olho.
*As fotos deste post são do Instagram do Freak.
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mais do mesmo que a gente já tem ouvido em muita banda por aí