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* Prepare para ser devastado. O disco sensitivo-emotivo do inglês soul Sampha, esperadíssimo, sai nesta sexta-feira agora, depois de amanhã. Guiado por um piano clássico, batidas modernas e por uma voz à la James Blake mas mais encorpada e menos frágil, “Process” não para de chamar a atenção já há algumas semanas e botado o nome do artista num holofote tão brilhante que chega a cegar.
Sampha, mais por seus créditos como artista do que por lobby, é amigo da galera do XX, já apareceu há alguns anos em disco da Beyoncé, deu um toque de arte ao hip hop pop do grande Drake, é idolatrado pelo indie-eletrônico SBTRKT, Kanye West e Frank Ocean não param de citá-lo. Seus dotes de novo prodígio da música britânica, mesmo aos 27 anos, apareceu ainda e também no último disco da Solange, considerado por muitos um dos grandes discos de 2016.
Seu estilo é soul, mas ele passeia por vários gêneros sem perder o clima.
O mais novo número da revista extracool “New Yorker”, que acabou de sair, gastou três páginas com Sampha, para dizer, entre outras coisas, que “Process”, seu disco, apesar do nome, é um dos produtos mais bem acabados da música atual. O álbum sai pela Young Turks, gravadora do XX, FKA Twigs, Jamie XX. A turma dele.
Sampha vai ter um ano muito agitado para sua música style, vamos acompanhar. Ele para começar tem turnê americana, europeia e pela Ásia marcadas. Nessas, faz dois shows no cabuloso Roundhouse, em Londres, em março, um deles esgotado e o outro a caminho de. Vai abrir a turnê americana do XX em abril e maio. E aproveitando o rolê vai se apresentar no Coachella. Depois encara o Primavera Sound em Barcelona e por aí vai.
No meio de janeiro, Sampha apareceu no programa do Jimmy Fallon para tocar sozinho para os americanos, sem estar no papel de coadjuvante do Drake. A gente registrou aqui. Foi arrasador.
Ontem, dia antes do lançamento do álbum, saiu o vídeo oficial da música que Sampha mostrou no Fallon, como single que já toca muito em rádios cool da Europa: “(No One Knows Me) Like the Piano”.
A canção é meio que dedicada e inspirada na mãe do cantor, que morreu no ano passado. É sobre o piano da casa deles, em que Sampha tirou um som como pode desde os 3 anos de idade, até se transformar no músico que é.
O vídeo lançados são dois, na verdade. Um “normal” e outro em 360 graus, todo poeirento e simbólico, em que Sampha é acompanhado pela ativista e modelo Adwoa Aboah.
Como disse o informe de lançamento deste trabalho lindo, tanto música quanto vídeo são “emocionalmente crus e dolorosamente belos”. Não escreveria melhor que isso.
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