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Adoramos histórias assim. E quando a gente fala “indie”, ali no título, é no sentido independente da palavra mesmo, o “supra sumo do indie”, digamos.
Contextualizando, esse caso chegou até a Popload através de um email de uma rádio de Manchester, com aquele release geralzão de novidades, os álbuns do mês, discos mais cotados, livros sobre música recém-lançados, etc. Ali no meio, como quem não quer nada, um dos lançamentos da semana passada, o disco “Stop for the World”, de um cantor chamado Michael Forsyth e que estava se “saindo bem” nos charts americanos e ingleses no iTunes.
Em uma pesquisa rápida, Forsyth não aparece em quase nada relacionado à música no Google. No seu Instagram, apenas fotos de banheiros, encanamentos e reformas. Ou não aparecia, até ontem. Insistindo um pouco, você já acha duas entrevistas. Uma na verdade (a outra é reprodução).
Na última sexta-feira, Forsyth, um encanador de Aberdeenshire, na Escócia, fez o upload de seu disco em sites de streaming. Nada além disso e de alguns posts nas redes sociais para amigos. Na segunda-feira, ontem, o álbum chegou no Top 10 das paradas inglesas e americanas na categoria cantor/compositor (dizem que chegou em terceiro na do Reino Unido), acima de Jake Bugg, Paul Simon e Ben Howard e ao lado de Simon & Garfunkel:
Forsyth, 30 anos, dois filhos e fã de Noel Gallagher, fez TUDO sozinho. Aprendeu a tocar guitarra com o pai, dono da firma onde ele trabalha. Quando conseguiu juntar $1000 libras (quase seis mil reais), alugou um estúdio e gravou as dez músicas que formam “Stop for the World” em uma tacada só. Ele tem uma banda com alguns amigos (The Amber Haze) que ajudou em algumas faixas, mas o grupo, até hoje, só tocou ao vivo DUAS vezes.
Até o fechamento desta edição (hehe), Forsyth havia falado com alguns sites locais e já havia recebido uma ligação de alguém da BBC querendo conhecê-lo e “provavelmente agendar uma session”. Em uma época saturada de X-Factor, American Idol, The Voice e outros programas do tipo, ver alguém sair do nada e fazer um disco como esse é uma conquista e tanto.
O álbum também está no Top 20 da Alemanha, Lituânia e Índia. Estamos de olho, Michael. 😉
E não é que é bom mesmo?!
Escutei Falling Down e curti