Eis que por esta você não esperava. The Horrors reaparece de repente e lança a música do ano, para nos afundar na “zona de desconforto”

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* Por esta ninguém esperava. Ou esperava um pouquiiiiiinho, já que a banda começou a soltar nestes últimos dias, nas redes sociais, algo que agora percebemos ser sobre nova música, novo disco.

Mas, se a semana já andava esquisita, com o anúncio do fim do Daft Punk e tudo, eis que temos um retorno para realmente ficar “chocados”. O da banda inglesa The Horrors, armada indie-psicodélica rumo ao soturno liderada pelo gigantesco Faris Badwan.

O Horrors não dava as caras na música desde 2017, quando lançaram o álbum “V”, que embora obteve algumas críticas boas praticamente não aconteceu. Ou não aconteceu como as coisas aconteciam antes para o Horrors, tipo 2007, 2009. Então digamos que o Horrors não “empolgava”, digamos, desde 2014, quando lançaram o algo bom “Luminous”, o que significa dizer que o disco tinha algumas boas ideias e levava a banda para um caminho mais “trabalhado” (pensa aqui que estamos falando do Horrors).

Mas aí temos que Faris e os Horrors estão de volta com uma música nova de… metal industrial. Tipo horror mesmo, mas o gênero, não que ela seja ruim. Muito pelo contrário. É perfeita naquilo que se compromente. E essa música nova dá uma sensação estranha porque parece… Marilyn Manson. Aí ferra tudo!!

lout

O que é mais estranho ainda: nós aqui na Popload AMAMOS a música. O que é assustador é não ter percebido que na altura deste 2021 assustador e indefinido a gente ainda precisa de músicas assim?

Cadê a fofurice delicada da Arlo Parks, a zoeirinha tão dolorida quanto bem-humorada do Will Joseph Cook????

Esta impressionante “Lout”, este é o nome, faz parte de um EP de três músicas que a banda vai lançar no dia 12 de março. Duas delas, “Lout” e “Org”, saem num vinil em sete polegadas. A terceira canção, só para os streamings, é “Whiplash”.

Em tempo: “lout”, na tradução, significa “pessoa estranha” num sentido violento, idiota.

“É sobre a relação entre escolher seu destino e aproveitar suas chances”, diz Faris sobre a música nova. “É compulsivamente tomar os riscos e desafiar a sorte.”

“Como banda, particularmente ao vivo, nós sempre tivemos um lado agressivo lá atrás. E, assim que começamos a fazer essas novas músicas, ficou claro pra gente que parece que voltamos ao mesmo sentimento de antes”, definiu.

Estamos preparados, hoje, para o Horrors? É como se a volta deles tirasse a gente da zona de conforto, quando exatamente não estamos em zona de conforto nenhuma.

É meio isso. O Horrors voltou para nos desconfortar. Mais ainda.

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