E, no meio das bizarrices do RIR, tinha um Royal Blood

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* Uma de suas edições mais bizarras e para pessoas bizarras, o bizarro Rock in Rio teve seu primeiro final de semana completado ontem, nos cafundós da Barra da Tijuca. Um belo exemplo de organização de um evento gigante, ao mesmo tempo que tem uma das piores escalações da história dos festivais em qualquer lugar do mundo, esse corrente Rock in Rio do Rio é menos relevante culturalmente e diz menos à música de hoje do que o Festival Fora da Casinha, do pessoal da Casa do Mancha, que acontece em outubro, só para citar um exemplo, digamos, bobo.

Mas essa primeira parte do celebratório (muito a si mesmo) RiR teve, pelo menos, ali no meio do Paralamas cantando “Entrei de gaiato no navio…” e o ruim Arnaldo Antunes cantando uma música ruim da pobre Cassia Eller (ou Cassia Ellen, segundo um fã-clube “sério” dela no Twitter), um showzinho ótimo da banda inglesa Royal Blood, um dos grandes nomes da música britânica atual, presente no ano passado e neste em muitos festivais esses sim relevantes, tipo Reading Festival, Glastonbury, Coachella e quetais e dona de um pulsante álbum de estreia, lançado há um ano.

Obviamente que o Royal Blood não está na escalação do festival carioca (em que globais foram ver o Nirvana no sábado) porque foram bem “escolhidos” por quem arma o elenco do Rock in Rio e julgou que é uma banda nova relevante e tudo mais. O Royal Blood é uma das apostas da indústria, gravadora etc. e têm tido um trabalho de divulgação esforçado. Ajuda que a banda é decentíssima. Nessas, então, lá foi o pesado duo baixo-guitarra inglês ser “colocado” para tocar para a plateia do Motley Crue e Metallica. Mas o Royal Blood, Mike Kerr (baixo) e Ben Thatcher (bateria), é tão bom na sua simplicidade sonora que a dupla nem foi atacada por fãs de outras bandas, fato típico da história dos 30 anos do Rock in Rio. Não é lá uma das bandas mais originais do mundo, mas a carga de intensidade que transmitem em suas músicas, principalmente ao vivo, deixa esse festival naftalinado com cheiro de novo. Nem que for apenas por apenas uma de suas 60 horas de duração.

Como diz o Royal Blood, figure it out!!

Rock in Rio, you can be so cruel…

Para terminar, simplesmente “Come on Over” (que na TV virou “Come on Cover”, num certo vacilo premonitório que intuiu que a banda tocaria uma cover no fim, de Black Sabbath).

** A foto deste post é de “O Globo”. A imagem da home é do sempre incrível site “I Hate Flash”.

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