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* A partir de hoje e até domingo, um dos principais festivais do calendário independente brasileiro bagunça a capital sertaneja espalhando por casas de espetáculo, clubes, estúdios, pubs, shopping center, teatro, em formato de shows grandes e pequenos, showcases de selo e até “palco importado”, uma série de shows que conecta várias das expressões sonoras da cena indie nacional.
Sara Não Tem Nome (Minas Gerais), Liniker (São Paulo), os locais Carne Doce, Bang Bang Babies e Hellbenders, o gaúcho Frank Jorge, os cariocas Supercordas e Autoramas, o protoindie Killing Chainsaw, os “internacionais” Aldo e Fingerfingerrr, o capixaba Silva, o gringo The Helio Sequence, DJs peso pesados como Mau Mau, Renato Cohen e Anderson Noise, o gringo The Helio Sequence e os muito conhecidos Planet Hemp e Jorge Benjor, entre vários outros, traçam em uma semana corrida o panorama musical do país em agito goiano com padrão internacional, até porque o Bananada, agora em 2016, leva sua marca para a Espanha, Portugal e Inglaterra.
As conexões são muitas. O Bananada, produzido pela esperta A Construtora, junta metal com eletrônica, nova mpb e indie velho, soul music e punk. Importa para o festival a Casa do Mancha, importantíssimo reduto paulistano para shows pequenos com curadoria grande. Transforma-se em vitrine com showcases como o do selo Balaclava. E prepara seu vôos internacionais com bandas e conceito em parceria com outro relevante festival indie nacional, o DoSol, do Rio Grande do Norte.
A programação completa do Bananada, com datas e locais, está aqui.
Hoje um dos destaques é a apresentação da Mahmundi às 21h, no Teatro Sesi. A multi-instrumentista e cantora carioca Marcela Vale, a Mahmundi, acaba de lançar seu primeiro disco, homônimo, via Skol Music, dentro da estampa Stereomono, o mesmo que edita no Brasil o Boogarins e o Jaloo.
Já há algum tempo encantando a cena indie com velha nova MPB de alguma pegada eletrônica, Mahmundi em seu disco dèbut está com um som mais “clean”, quase pop, mais ensolarado que synth desta vez, gostosinho para tocar em uma rádio brasileira mais moderninha, se rádio assim existisse no país.
O disco, que vem resgatar um “eterno verão” carioca que remete aos anos 80 e que ao vivo pode até ter nuances do “eterno inverno” sonoro na linha do britânico James Blake, bem anos 2010, existe por enquanto apenas digital. Mas cópias em vinil são prometidas para logo.
Larga hoje, e bem, o Bananada 2016.
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