Courtney Barnett machucando com maravilhosos tomates enlatados

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* Deve ter algo de muito bom na água de Melbourne, espetacular cidade da Austrália que pode ser definida como uma São Paulo que deu TUDO certo. Primeiro que lá tem água…

O genial músico eletrônico-soul Chet Faker, que nos visita sexta-feira, é um habitante de Melbourne. Outro é a cotidianamente desajustada Courtney Barnett, compositora incrível e guitarrista idem, que sozinha fabrica fofurices indies e, ao vivo, na companhia de dois músicos, transforma essas mesmas fofurices em um guitar rock desenfreado que é de emocionar.

Enfim, eis que o inglês “New Music Express” soltou nesta semana um vídeo com Courtney Barnett em session, cantando a absurda “Canned Tomatoes (Whole)”, mas em versão mais lenta e sofrida que o rockinho delícia do disco “The Double EP: A Sea of Split Peas”, os dois EPs transformados em álbum.

Barnett às vezes, sem a parte cantora cool e desamparada, mais para o lado guitarrista ca-nho-ta, parece filha de um casamento hipotético de Pixies com Pavement. Como pode? Quando bota seu delicioso vocal irregular, então, deixa sua assinatura como uma das mais impressionantes artistas pequenas hoje na música independente.

Em “Canned Tomatoes”, ela estranha a falta de alguém que via ou fumando ou bebendo do lado de fora de uma loja x a que ela ia de vez em quando. O cara (ou a garota) não vive mais lá. No fim, ela lembra as segundas-feiras legais nas manhãs na lavanderia ou no café, em que o cara (ou garota) nunca se mostrava de saco cheio da vida. Sério.

Courtney Barnett, então, em duas versões de “Canned Tomatoes (Whole)”.
A morosa, desplugada, da session do “NME”, gravada em Brighton.
E outra no gás, em apresentação especial para a rádio KEXP, de Seattle, também neste mês de julho.

Pequena maravilha essa Barnett.

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