Courtney Barnett é uma das grandes expoentes da ótima cena indie australiana atual. Em 2013, aos 25 anos, a cantora, compositora e guitarrista conquistou a imprensa musical mundial com o lançamento independente de um EP através do selo próprio Milk! Records, que rapidamente garantiu um contrato com uma gravadora e a colocou na lista de melhor artista revelação do ano pela revista Rolling Stone e pelo jornal The New York Times.
As letras espirituosas e sobre assuntos mundanos, a voz inconfundível e o jeito verborrágico (e desencanado) de cantar marcam seu estilo meio grunge, meio indie-rocker. Os excelentes singles “Avant Gardener” e “History Eraser” fizeram dela uma figura onipresente em festivais pelo mundo, em uma interminável turnê pela América do Norte e Europa, antes mesmo do seu álbum de estreia.
Com “Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit”, lançado em 2015, foi destaque em todas as listas de melhores discos de 2015 e indicada ao Grammy 2016 na categoria “Melhor Revelação”, ao Brit Awards como “Melhor Artista Feminina” e em oito categorias no ARIA Music Awards (o equivalente australiano do Grammy), levando quatro prêmios. “Pedestrian at Best” e “Depreston” ficaram no topo das paradas indie-americanas quase que simultaneamente (ao lado de quatro músicas no Top 100 da rádio australiana Triple J).
Em 2018 lançou o aguardado “Tell Me How You Really Feel”, seu segundo álbum. Deste trabalho, ainda mais indie-grunge-rocker que o anterior, destacam-se os singles “Nameless, Faceless”, “Need a Little Time” e “City Looks Pretty”. O disco ainda conta com a participação das irmãs Kim & Kelley Deal (The Breeders) em duas faixas.
Perfeccionista, Barnett cuida de todos os detalhes dos shows, das gravações e da produção de suas músicas, incluindo a arte das capas de seus discos (a do o primeiro álbum foi desenhada por ela).