Chupa, CENA!!! A bombástica Karol Conká encontra na lambida o incrível Joe Silhueta, de Brasília

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Tem alguma coisa no ar.

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Vou começar pela Karol Conká, Mamacita empoderada e headliner do incrível MECA Festival, que acontece neste fim de semana (Vamo aê!!). Uma das grandes vozes femininas hoje, a rapper curitibana lançou no mês passado a música “Lalá” que, basicamente, dá aquela ajudazinha ao crush na hora das preliminares. Ao mesmo tempo que alfineta o coitado que não sabe a diferença entre o “clitóris e um ovário”, no vídeo da música Karol é didática, usando frutas e flores para mostrar o mapa da mina aos desavisados (e preguiçosos (e dissimulados)). O vídeo é bem insinuante sem ter nada de explícito, apesar de ter causado desconforto no lado mais puritano do… Instagram, quem diria.

“Lalá”, o vídeo, tem direção esperta de Vera Egito e da fotógrafa curitibana, DJ e ex-Copacabana-Club Camila Cornelsen. Pois a Camila resolveu compartilhar trechos do vídeo em sua conta, só para ter seu Instagram DELETADO por exibição de imagens obscenas. É, nem todo mundo está preparado para cenas tão fortes como as de um mamão sendo acariciado:

Daí, a gente chega no Joe Silhueta, superbanda de Brasília, uma das mais bombadas da cena nova candanga, que é encabeçada por Guilherme Cobelo (voz e violão) e hoje formada por outros sete músicos. Lançaram no ano passado o EP Dylanescas, já partiram para festivais da #CENA e garantiram uma indicação ao prêmio de banda revelação da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Assim. Há pouco, lançaram Ritos do Leito, mais um EP com cinco músicas que abre caminho para o álbum de estreia de Joe, Nas Trilhas do Sol, ainda sem previsão de lançamento.

Joe Silhueta (Thais Mallon)-2 (1)

Há poucos dias circulei por Brasília, entre outros planos macabros para ver o delicioso Picnik Festival, um dos oásis da cena candanga, belezura de evento que mistura música, arte, comidinhas legais, bebidas idem, clima zen, sábado e domingo no parque e é gratuito. Joe Silhueta (dessa vez) não tocou no Picnik, mas era onipresente. O Guilherme Cobelo, digo, a personificação do Joe. Muita gente falou dele para mim, me deu discos dele. Chegaram a me apontar ele no meio do público, mas não rolou de nos encontrarmos.

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Não cheguei a ele, mas ele chegou a mim, hoje, através de um email que trazia o vídeo para uma das canções do EP Ritos…, citado acima. E é aqui que Joe e Karol se encontram, na LAMBIDA, “no seu gosto na língua”. Em um vídeo que começa como quem não quer nada, uma senhora faz seus afazeres do dia alegremente. Coisas do cotidiano: pendura roupas no varal (incluindo uma camiseta do próprio Joe Silhueta), rega as plantas, tira o pó, poda algumas árvores, tira uma pausa para um cigarrinho, tudo com um imenso prazer. Tudo isso porque, enquanto ela realiza todas essas atividades, o seu amor está lá, na lambida, “se demorando nas curvas e nas dobrinhas que ela tem”. São quase três minutos de uma declaração de amor (seja lá em que idade) na voz de Guilherme e nas chupadas do tiozinho. Ele sim, no alto dos seus cabelos brancos, exibindo experiência e botando na prática tudo o que a Karol Conká tem que ensinar para os meninos. Aqui, o mamão vira figo, mas a voracidade é a mesma. Aprenda:

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