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* Vamos falar aqui da bela edição deste ano do festival indie Suíça Bahiana, que acontece em novembro em Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia. Mas antes, até porque mandaram todas essas infos lindas apresentando essa simpática “Manchester do NE” em formato de Mapa do Rock, vamos primeiro falar de Vitória da Conquista, depois do Suíça Bahiana.
** Vitória da Conquista é a terceira maior cidade da Bahia e fica no sudoeste baiano. Tem população de 348.718 habitantes e atende cerca de 3 milhões de pessoas, incluindo o norte de Minas Gerais, com serviços de saúde, comércio e educação (quase uma Manchester). É o portal do Nordeste para quem vem do sul do país.
Por ser um polo educacional com três instituições de ensino superior públicas (Ufba, Ifba e Uesb) e várias particulares (Fainor, FTC, Unopar, Santo Agostinho, Nassau, Claretiano, Senac, dentre outras), a cidade tem um fluxo de jovens imenso, o que sempre uma vida noturna agitada. Só que, para quem vem para cá esperando calor, praia e muito axé, a decepção é imensa: estamos há quase 300 km do mar, com altitude de 923 m e o clima é frio. Mas muito frio mesmo! Tanto que o apelido da cidade é “Suíça Baiana”.
Por essas características, não é difícil entender o motivo do rock ter se popularizado tanto na cidade. Desde 2001, quando foi criado o festival Agosto de Rock, que depois deu lugar ao tradicional Festival de Inverno Bahia, segundo maior festival de música do estado e produzido por uma filial da Globo, a cidade sempre teve uma cena forte no estilo.
Em 2017, já tivemos shows aqui de grandes nomes do rock e do pop: Pabllo Vittar, Torture Squad, Ana Muller, Skank, Maglore, Anitta, Ivete, Tiago Iorc, Raimundos, Zé Ramalho, Humberto Gessinger, Djambê, NervoChaos, Jota Quest, Retrofoguetes, Emicida, Baianasystem, Caetano Veloso, etc.
Os artistas locais também vem ganhando destaque. Até mesmo os mais consagrados: Elomar (que não permite ser fotografado) montou seu próprio centro cultural, Ricardo Castro dirige a Orquestra Neojibá e Xangai apresenta um programa de rádio. Já a nova geração também não deixa por menos: Achiles será a única atração do grandioso DoSol potiguar, maior festival do Nordeste (ele também tem um projeto de encontro de compositores, no qual já recebeu nomes como Helio Flanders, Roberto Mendes e Marcia Castro); Benjamin Existe tem sido destaque no folk; e Massumi tem feito parcerias com Teto Preto e toca na banda do Zé Manoel.
Em 2017, o Coletivo Suíça Bahiana, que trabalha com produção cultural na cidade desde 2010, criou o Selo Piripiri, para lançar material dos artistas conquistenses. Inicialmente, o casting do selo é composto por Achiles, Ciclanos de Tais, Dona Iracema, Ana Barroso, Hotel Mambembe, Chico Ramalho, Marx Eduardo, Marcus Marinho, Balaio e os DJs Paulinha Chernobyl e Rafaé. O selo foi lançado no Festival Bananada, em Goiânia.
A noite conquistense é marcada pelas frequentes festas LGBTs, com destaque pra Xcania e Oba Oba; o reggae do DancehallVibez e La Clandestina; as festas de música eletrônica e as noites rocks capitaneadas pelo projeto Noite Fora do Eixo, que em 77 edições, sempre com uma banda local e outra banda convidada, já trouxe Felipe Cordeiro, Banda Uó, Wander Wildner, Wado, Rock Rocket, Marina Gasolina, Velotroz (banda de Giovani Cidreira), Vivendo do Ócio, Camarones Orquestra Guitarrística e muitas outras. Há vários restaurantes e bares com música ao vivo, todos focados no rock: Café Society, Underground Pub, Cultura Bacana, FomeStop, Jack, 5 Continentes, Janela Cajaíba, Apache Music Club, etc.
Indo pra sua quinta edição, o festival Suíça Bahiana já trouxe nomes como Emicida, Autoramas + BNegão, Humberto Gessinger, Apanhador Só, Nevilton, Maglore, Ratos de Porão, Móveis Coloniais de Acaju, Marcelo Jeneci, Larissa Luz, Gloom, Transmissor, Canastra, El Efecto, Aeromoças e Tenistas Russas e várias outras atrações.
Sua última edição foi em 2014, na qual teve graves problemas financeiros, e retorna agora revigorado em novembro, com uma festa de lançamento do festival na próxima quinta-feira, uma etapa de side shows e o evento em si, seis shows por dia no Villa Music. A programação total você confere aqui em primeira mão:
A banda gaúcha Dingo Bells, que vai tocar em Vitória da Conquista em novembro no Suíça Bahiana
* FESTA DE LANÇAMENTO
5 de Outubro- Underground Pub
20h DJ PAULINHA CHERNOBYL (BA)
21h DJ NIAKIM (BA)
22h FAR FROM ALASKA (RN, foto na home da Popload)
23h DJ RAFAÉ (BA)
* SIDE SHOWS
3 de Novembro – Underground Pub
21h TARO (BA)
22h30 MOLHO NEGRO (PA)
0h HANDEVU (BA)
5 de Novembro – Teatro Carlos Jehovah
18h THRASHARD (BA)
19h30 WOSLOM (SP)
21h TURBOWARRIOR OF STEEL (BEL)
* FESTIVAL SUÍÇA BAHIANA – ANO V
24 de Novembro – Villa Music
20h FRED SAMPAIO & SUPREMO MC (BA)
21h10 BARRO (PE)
22h20 DIAMBA (BA)
23h50 ACHILES & ANA BARROSO (BA)
1h10 MOMBOJÓ (PE)
2h DANCEHALL VIBEZ (BA) – After Party
25 de Novembro – Villa Music
20h LUIZA AUDAZ (BA)
21h10 DINGO BELLS (RS, foto acima)
22h20 SELVAGENS À PROCURA DE LEI (CE)
23h40 DOST (BA)
1h PEDRO PONDÉ (SSA)
2h XCANIA (BA) – After Party
26 de Novembro – Villa Music
17h CAMA DE JORNAL (BA)
18h10 VENTRE (RJ)
19h20 THE BAGGIOS (SE)
20h30 DONA IRACEMA (BA)
22h DEAD FISH (ES)
23h30 TRANCE4FRIENDS (BA) – After Party
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Porra, que massa esse festival! A cidade também é a porta do sertão, onde se inicia o semiárido nordestino, pode chamar de suíça, mas a região é de caatinga e sangue quente! Salve o sudoeste baiano. Por festivais como esse em época de ferias, porque é quando o pessoal que mora em SP consegue voltar pra Bahia, deu saudade da Bahia…