Força da natureza do nosso indie, Jup do Bairro soltou nesta sexta EP lindão, essencial e vigoroso. O projeto foi batizado de “in.corpo.ração”, tem cinco faixas, e participações especiais de Edgar e Mateus Fazeno Rock em uma delas, “não vou mais chorar nem me lamentar”.
Apenas uma das cinco canções não foi composta por Jup: “a mulher do fim do mundo”, releitura bastante intimista para a versão original eternizada na voz de Elza Soares.
“Regravar uma canção que ficará sempre como sinônimo de Elza Soares foi um desafio e tanto. Mas acima de qualquer coisa, foi a homenagem mais genuína e especial que já fiz para ela. Decidi incluir este clássico em meu EP como um agradecimento e também celebração pessoal à Elza, uma mulher que sempre esteve à frente de seu tempo”, disse a Jup.
O surgimento do EP é uma espécie de sequência de outro projeto da cantora, “Corpo Sem Juízo”, sua estreia solo de 2020. Na nova obra, é possível ver uma Jup eclética, passeando por gêneros como funk, house e techno, tendo o rap como base. As inspirações vão desde Leci Brandão a Deize Tigrona, passando por Tati Quebra-Barraco, Alcione e a própria Elza. A Jup, no entanto, tem uma definição mais resumida: “baile punk de favela”.
“Já flertava muito com esses ritmos todos em minha trajetória, mas agora me lanço numa aventura sonora totalmente inédita, com produção dos CyberKills, que assumem a produção e dividem a direção musical comigo. O funk é muito presente nesse cenário, mas ousaria dizer que a sonoridade nasce em um ‘baile punk de favela’ e, principalmente, me volta bastante às influências encontradas na noite paulistana contemporânea”.
“in.corpo.ração” já tem show de lançamento marcado: dia 28 de junho na Casa Natura Musical, parceira do projeto, em São Paulo. Urias e Mu540 são as atrações convidadas. Informações sobre ingressos aqui.