CENA – Jeremaia fez o disco que o indie nacional precisava. E ele sai amanhã

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1 - cenatopo19

* Dois discos de abalar estruturas e melhorar muito a trilha sonora deste 2019 zoado vão ser lançados amanhã, um internacional e um brasileiro. Sobre o gringo, falamos na própria sexta. Sobre o brazuca, é preciso falar já!

Sai amanhã nas melhores plataformas o disco de estreia do projeto JEREMAIA, obra em português do inquieto André Faria (o da direita, na foto abaixo, veja bem), vocalista, guitarrista e produtor da banda paulistana disco-punk Aldo The Band, hoje uma banda cada vez mais internacional.

Captura de Tela 2019-04-11 às 6.45.12 PM

A gente já apresentou o Jeremaia aqui, por conta do lançamento do primeiro single deste álbum homônimo, que chega aos ouvidos nesta sexta.

O single (mais vídeo estilozaço) era “No Que Vai Dar”, e aqui foi dito sobre ela, sobre o André e sobre o Jeremaia que “você pode ouvir uma música, e tem muitas delas por aí para você simplesmente ouvir. E, em alguns casos bem especiais, você pode SENTIR a música. E essas não aparecem a toda hora”.

A hora é agora. Um outro single e(m) vídeo saiu, da espetacular “Tanto Faz”, mais tameimpálica que uma música do Tame Impala com o visual psicodélico idem, e agora toma nas fuças o disco cheio, oito músicas que contam um pouco de uma história pessoal, mas história essa que pode ser apropriada por quem ouvir o álbum. Porque aqui, como foi dito no primeiro post da Popload sobre o Jeremaia, o importante não só são as músicas contidas nele. Mas sim as frequências onde elas são colocadas.

De novo a auto-referência poploadica já dita, porque vale para todas as faixas do disco: O Jeremaia, de André Faria, que também tem os dedos produtores de seu familiar parceiro Murilo Faria, irmão e o “gênio da mesa sonora” do Aldo, é adepto das frequências sonoras cognitivas, ou simplesmente música de sensações, um passo além da canção que entra pelo ouvido e sai pela boca. E pode ser ouvido por imagens, por mais esquisito que isso possa soar. Porque é, sim, esquisito. É para ser. “What’s the frequency, Kenneth?”, já perguntava o excepcional grupo REM.

capajere

“Jeremaia”, o álbum, é uma coleção de músicas favoritas de cara. Ele começa estranho, ríspido, difícil, enigmático, com um falsete incômodo, em “Trabalho da Rua Matogrosso”. É um convite para um troço cabuloso que talvez você não queira aceitar, mas aceita de curioso. Então vem uma outra da mesma estirpe, mas sem falsete, para embalar esse caminho sem volta, que é o single “No Que Vai Dar”.

Quando você percebe, já embarcou nas viagens de André, que viram suas. E depois não tem para onde correr, como prova a fantástica “Tem Que Correr”, art-noise que parece que foi composta por Trent Reznor (Nine Inch Nails) para um filme, mas antes o Wayne Coyne (Flaming Lips) falou: “Deixa eu dar um tapa nela”. Coisa de doido, como a própria “Tanto Faz” ou a que fecha tudo, a “Maníaco da Linha do Trem”.

Não são músicas comuns. Não são músicas fáceis. Não são músicas que você encontra em outros discos. Não são músicas que você ouve em português.

“Jeremaia”, pode ouvir aí, é um disco único.

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PS: E, sobre o Aldo, espera só um pouquinho mais para ver.

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