CENA – A elétrica Ana Frango Elétrico lança música nova, cisca no Grammy Latino e bica a literatura com poemas menstruais e sobre ketchup artístico

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* Até esta manhã de terça, o bombado disco da artista carioca Ana Frango Elétrico, o “internacional” “Little Electric Chicken Heart”, um dos lançamentos mais bafos da CENA brasileira do ano passado, já começava a ser página virada.

Frango estava se preparando para soltar este ótimo single “Mama Planta Baby” (selo Risco), a primeira das duas músicas inéditas quarentenada e pós-álbum, que ilumina o caminho do próximo.

Mas aí hoje cedo veio a notícia que o disco foi indicado a concorrer ao Grammy Latino, premiação que acontece no dia 19 de novembro, nos EUA. E lá vamos com “Little Electric Chicken Heart” mais uns meses.

O último suspiro do disco até tinha acontecido há algumas semanas, quando ela pegou a faixa do sambinha “Caspa”, de seu primeiro e elogiado álbum, e transformou seus dois minutinhos de duração em MEIA HORA. Normal. Com Ana Frango Elétrico, tudo isso faz sentido.

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Então eis que agora, apesar do single louco espichado, do Grammy e do overtime do disco, a moça solta essa papapapapááá “Mama Planta Baby” hoje com exclusividade no Bandcamp, dentro do programa semanal Bandcamp Weekly. A canção, uma bossa nova muito além da bossa nova, tem ela, Ana Frango, como produtora, pela primeira vez.

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Fora a produção, a Frango quarentenada ainda é responsável pelo violão, pela bateria eletrônica, os efeitos, os órgãos e talvez sua melhor voz em canções. Talvez.

Ela define a própria música muito melhor que a gente: “Pensei numa melodia que pudesse ser cantada para plantas e bebês, trazendo timbres que têm me interessado, como a flauta, órgão e violão, misturando elementos da bossa-nova, chamber-pop e soft-eletro-indie. Quis explorar efeitos, estéreos e repetições trazendo elementos em comum ao ‘Little Electric Chicken Heart’, como dobras, coros, metais, e divergindo em outros aspectos, como forma e timbres”. Ok?

Parte da espertíssima cena carioca em que Ana Frango Elétrico está inserida deu uma ajuda na música. Gravaram, de suas respectivas casas, Alberto Continentino, o baixo; Vovô Bebê, as flautas; JOCA, as percussões eletrônicas; e Dora Morelenbaum e Lucas Nunes, os coros.

Cantemos juntos:

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E não é só!!
* Como se não bastasse esse auê artístico todo, Ana Frango Elétrico lançou recentemente o “Escoliose: Paralelismo Miúdo”, sua estréia em outra arte, agora a literatura.

O livro reúne poemas, ilustrações e ainda gravuras, tudo dentro do mais completo mundo artístico de Ana Frango Elétrico, tipo as linhas poéticas de “Cólica”. A torneira pinga/ O sangue desce/ Meu hamster interno corre/ E me acorda.

O prefácio de “Escoliose: Paralelismo Miúdo” é da escritora Heloisa Buarque de Hollanda: “Um bilhete para Ana F”.

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* As fotos de Ana Frango Elétrico, deste post e da home da Popload, são de Hick Duarte.

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