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A banda Beady Eye, do Liam Gallagher, tocou ontem à noite no Rio de Janeiro, dois dias depois do morno show no festival Planeta Terra, em São Paulo. A história era que em SP Liam fez uma apresentação de mau-humor (jura?) com tudo e todos.
Depois do show no Rio, que aconteceu no Circo Voador dentro do Eu Quero Festival, evento ligado à galera do Queremos, dá quase para chegar à conclusão de que quem tirou o Liam do sério, no sábado, foram os indies fãs de Strokes.
Ontem, jogando com “sua torcida”, ele não fez feio com o Beady Eye em show lotado. Para começar, o concerto teve quase o dobro de duração do de São Paulo, com 1h20 (contra menos de 50 minutos no Terra). A empolgação da banda não ficou só no dobro, foi bem além. Durante 17 músicas, todas do álbum “Different Gear, Still Speeding” + algumas b-sides e uma cover, Liam interagiu muito com a galera. Reclamou apenas do som. “O som tá uma merda, mas ano que vem voltarei aqui”, informou.
Na entrada do Circo Voador, a produção do show disponibilizou gratuitamente centenas de pôsteres do evento. O público, com seu jeitinho brasileiro, resolveu pegar os pôsteres e escrever no verso recadinhos para a banda, do tipo “Liam, me dá uma camisa da sua grife” e (a melhor) “No Indies Tonight”. Esse último cartaz foi reverenciado pelo Liam no palco.
À exemplo do Interpol no domingo no Clash Club, o Beady Eye em seu habitat natural (uma casa de shows, não um festival) conseguiu apagar a má impressão do show sonolento de sábado passado. A atmosfera mágica do Circo Voador, que um dia fisgou o Franz Ferdinand, fez bem ao Liam, que até esboçou sorrisos. Prometendo voltar.