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* Estamos adorando essa onda de meninas novinhas do pop trazendo as guitarras nervosas para a conversa nas paradas britânicas e americanas. Três dos bons exemplos aqui são, só pescando alguns, são Willow, Olivia Rodrigo e nossa personagem Beabadoobee, todas bebendo na fonte do indie feminino dos anos 90, com grande caminho a perseguir na música, a dose de açúcar ainda a ser ajustada nas canções mais… doces, mas acertando bem em alguns hits legais já perturbando a calmaria do pop atual.
Nossa garota bedroom-pop filipina-inglesa Beabadoobee ganha destaque aqui, ela que recentemente lançou o EP “Our Extended Play”, disquinho puxado pela hoje mundialmente conhecida “Last Day on Earth”, uma das músicas mais tocadas deste ano nas rádios legais de UK, EUA, Austrália, França, até onde vai nosso alcance. Uma das músicas do atual verão “da liberação” (ainda inexata) do Hemisfério Norte, junto com “Chaise Longe”, de outra banda inglesa e também feminina, a Wet Leg, duo que é outro a estar com a mania de fazer músicas-chiclete que botam as guitarras indies para explodir em seus refrões cantaroláveis. Pelo menos é o que a gente está entendendo da única música que elas têm, a praga maravilhosa “Chaise Longue”.
No caso da Bea Kristi, a Beabadoobee, 20 aninhos, e seu “Our Extended Play EP”, além da massacrada “Last Day on Earth” o destaque do miniálbum é a ótima “Cologne”, a segunda das quatro faixas, que já é uma das nossas músicas prediletas das últimas semanas e mistura um monte de coisa boa numa canção só: pop feminino sueco tipo Cardigans, indie pôs-grunge americano de mulheres e algo de britpop.
Beabadoobee, cada dia um cabelo de uma cor, está loira e em boa companhia para crescer em direção ao segundo álbum. Tem como norte seguir os passos sonoros de sua banda predileta, a americana Pavement, e ela é protegidinha dos caras do grupo The 1975 desde que apareceu na turma deles, em 2016. Está encaminhada, porque já percebemos que o talento dela parece imenso.
As outras músicas do EP são as fofinhas “Animal Noises” e “He Gets Me So High”, duas baladinhas de garotas salvas por quem? Pela guitarra bem aplicada que equilibra a doçura já citada. E que superfaz parte do momento de Bea Kristi, em quem estamos de olho grande em cima e grudados nela, já há um tempinho. E achamos que não vamos largar.
Abaixo, “Cologne” em session, ao vivo. Que belezura!
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