Ícone do rock clássico e considerado um dos maiores de todos os tempos, David Gilmour lançou nesta sexta-feira “Luck and Strange”, seu aguardado novo disco de inéditas.
Ex-guitarrista e vocalista do Pink Floyd, ele não soltava um álbum cheio desde “Rattle That Lock”, lançado há quase uma década, em 2015.
Puxado pelo single “The Piper’s Call”, o novo projeto tem 11 faixas, com destaque para a canção título, provavelmente o último registro de Gilmour com Richard Wright, tecladista do Pink Floyd, que faleceu em setembro de 2008.
O registro dos dois juntos foi feito em uma jam session no ano anterior.
Gravado ao longo de cinco meses em Brighton e Londres, o disco tem assinatura do jovem Charlie Andrew na produção, fato que foi determinante para o rumo tomado nas gravações.
“Charlie parecia ser um de nós. Mais jovem, mas na mesma sintonia. Ele trabalhou no estúdio Abbey Road, e isto sempre é um ponto positivo para mim. Não há um falso respeito ou algo assim, ele fala sem rodeios sobre as coisas, de forma direta, e isto é ótimo. Uma das primeiras coisas que ele questionou foi por qual motivo todas as músicas precisavam de um fade-out. Naquele instante percebi que era apenas um hábito que eu havia adquirido”, contou Gilmour.
Outra passagem curiosa sobre Charlie é que ele simplesmente não sabia quem era Richard Wright. “Compreensivelmente, David sempre mencionava Rick quando estava falando sobre ‘Luck and Strange’, então perguntei a ele quem era o Rick. Mas, creio que isso tem sido parte do que David gostou, pois não estou tentando emular outro álbum do Pink Floyd, ou sequer um de seus trabalhos solo”, argumentou o produtor.
Gilmour assina boa parte das faixas com sua esposa, Polly Sampson. Há ainda uma versão cover de “Between the Points”, da banda indie pop inglesa The Montgolfier Brothers.