Para falar da pouco usual Alt-J, banda surgida em Leeds e vencedora do Mercury Prize em 2012, é preciso sempre fazer uma introdução rápida contando a ascensão meteórica do grupo em um período de um ano, entre 2012 e 2013.
De atração de abertura do também pequeno Wild Beasts, o Alt-J meio que chocou o mundo indie com seu crescimento absurdo. Ano passado, um blog americano chegou a traçar a trajetória deles entre setembro de 2012 e setembro de 2013, pegando como base a relação deles com a cidade de Nova York.
Eles fizeram o primeiro show na cidade no Glasslands, galeria de arte que tem um palquinho tosco no Brooklyn. Depois, Bowery Ballroom. Depois Webster Hall, então Terminal 5, na sequência Governors Ball. E, em seguida, Hammerstein Ballroom e no dia seguinte Central Park, ambos os shows esgotados.
Assisti ao show deles no “palco 2” do festival Sasquatch do ano passado, perto de Seattle. Ia “passar de passagem”, porque queria ver um outro show que não lembro. A intenção era assistir umas duas ou três músicas. Fiquei até o fim, vidrado com o som esquisito deles. O vocal não é muito comum, o baterista é algo insólito, o som é todo quebrado, indie quase folk, quase experimental. E a tenda estava lotada.
Agora, em status de banda média em crescimento contínuo, o Alt-J prepara o lançamento de seu segundo disco, sucessor do premiado “An Awesome Wave”. “This Is All Yours” será lançado dia 22 de setembro. O primeiro recorte do registro é o single “Hunger of the Pine”, lançado hoje nas rádios gringas, com direito a sample de “4×4”, da Miley Cyrus. Eles saem em turnê também em setembro no Reino Unido, começando por Glasgow.
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