Catártico e terapêutico. Assim foi o “show de entrega” do Wilco no C6 Fest, no domingo, realizado na tenda Metlife, segundo palco do festival.
Lotado e livre da dispersão que poderia ocorrer se a banda de Chicago tivesse sido escalada para o palco principal, como aconteceu com o Pavement no ano passado, o Wilco soube aproveitar o que já era um “jogo ganho” no Ibirapuera: tocou para uma plateia inteiramente formada por fãs entusiasmados, o que, por si só, eleva a experiência tanto para o público quanto para a banda.
Como em todas as passagens anteriores pelo Brasil, história que começou há 20 anos no Tim Festival, passou por duas edições do Popload Festival e agora aconteceu no C6 Fest, o vocalista e guitarrista Jeff Tweedy se mostrou comovido com o calor da recepção brasileira, emocionando-se diversas vezes no palco como se fosse a primeira visita do grupo ao país.
A plateia não decepcionou: cantou os refrões em uníssono, acompanhou melodias e até cantarolou os solos, num comportamento digno do chamado “modo inglês” de assistir a shows, mas com aquele tempero tipicamente brasileiro.
Wilco, mais uma vez, entregou um show histórico, reafirmando o que os torna únicos: a capacidade de provocar êxtase com sua simplicidade folk e, ao mesmo tempo, instaurar o caos com solos de guitarra explosivos e inconfundíveis. Wilco é uma necessidade básica. E é certo que quem esteve ali no domingo saiu do Ibirapuera um pouco diferente e melhor.
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As fotos do post e da home são de divulgação do C6 Fest.