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* O MECA Festival, que acontece agora neste sábado em Porto Alegre (e tem uma edição menor em São Paulo antes, quinta-feira, mais conhecida como amanhã), recebe lá no Sul como uma de suas atrações o estranho-fofo Jerry Paper, cantor nóinha excêntrico da Califórnia que mistura lo-fi, synth-pop, música de elevador e outras brisas possíveis para criar seu repertório beeeeeem próprio. Apesar de não ser um nome lá muito conhecido, ele traz para o Brasil seu “Carousel”, segundo disco cheio de sua carreira, o carro-chefe de seus shows por aqui.
Para entender um pouco mais quem é Jerry Paper (ou para atrapalhar de vez a compreensão de sua digníssima pessoa), o músico jogou na rede em 2014 um mockumentary chamado “Who Is Jerry Paper?”.
Jerry Paper, que na verdade é o pseudônimo do músico Lucas Nathan, conseguiu via Balaclava Records, na real, uma minitour brasileira. Além do show de sábado no festival gaúcho, dia 5 tem apresentação dele marcada para Caxias do Sul, no Zero 54. As apresentações em Sampa ganharão um formato especial e intimista na choperia do Sesc Pompéia, contando com projeções e duas atrações do casting da Balaclava como abertura: o eletrônico Nuven (dia 8) e o duo de synth-pop PARATI (dia 9).
Para entender melhor onde começa o Jerry e termina o Lucas, resolvemos bater um papo online com o rapaz, na realidade virtual, que pelo visto é um lugar confortável para o músico americano. A poploader Isadora Almeida conduziu essa conversa bizarra.
Popload – O que difere Lucas Nathan do Jerry Paper?
Jerry Paper – Lucas sou eu em uma realidade mundana. Jerry sou eu visto de certa distância. Jerry é como um “borrão”, contraditório, caricato. Ele é uma versão engraçada de mim. E é a forma que encontrei para me examinar e me entender como ser humano, fazendo isso de forma pública. Ele é uma manifestação das profundezas da minha psique.
Popload – Você já esteve em uma banda? Alguma razão por ser uma artista solo?
Paper – Eu não faço parte de uma banda tem muito tempo… É muito estressante para mim. Além disso, é bom ser solo, fica mais fácil e barato viajar pelo mundo levando minha música. Dito isso, as coisas vão mudar…
Popload – Por que você descreve sua cidade natal como “11ª Dimensão”?
Paper – Jerry vem da 11ª dimensão porque ele é o produto do pensamento místico, ele é um espírito que me ocupa, quando sou tomado pelo groove interdimensional.
Popload – Você curte música Brasileira?
Paper – Eu não conheço muitos nomes da nova geração da música Brasileira, mas sou muito fã de artistas mais velhos. “Sonhos e Memórias 1941-1972”, do Erasmo Carlos, é um dos meus álbuns favoritos da vida. E amo Marcos Valle, Arthur Verocai, Jorge Ben, Maria Bethânia, Chico Buarque (especialmente o álbum “Construção”), Edu Lobo e a dupla Burnier e Cartier. Eu acho a música Brasileira uma das mais bonitas do mundo.
Popload – Já que suas músicas tem uma certa “vibe satírica” eu estava pensando, você prefere Monty Phyton ou Seinfeld?
Paper – Definitivamente Seinfeld.
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***** PROMOÇÃO INGRESSOS MECA, SP E POA
* Um par de ingressos para o Meca Festival, Porto Alegre: Thiago Barros
* Um par de ingressos para o Meca Presents, São Paulo: Carolina Panzieri
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