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* Ele foi o clube predileto do Nick Cave em São Paulo, os Buzzcocks tocaram lá, a Marisa Monte fez estreia ao vivo no recinto, foi onde nasceu o Skank diante de 37 testemunhas. Tem show do Cazuza e do Raimundos na íntegra no Youtube tirado de apresentações na casa, foi ali que São Paulo recebeu a revolução pernambucana manguebeat e até o Tim Maia nunca furou quando tinha shows marcado lá.
A histórica casa de shows/danceteria Aeroanta, marco importantíssimo da música paulistana nos anos 80 e 90 mas que fechou em 1994, vai ter uma festa em sua homenagem agora no começo de abril. Para depois morrer de novo. E depois ressuscitar novamente em setembro, com outro nome, para desta vez perdurar, integrando o circuito de casa de shows da cidade.
Primeiro a festa. Num cenário de destruição imobiliária que marca o enterro de uma era para o nascimento da outra, acontecerá no antigo Aeroanta, no Largo da Batata, dia 4 de abril, a “construction party” O Último Voo da Anta, balada que irá das 16h à meia-noite no local em ruínas que abrigará o novo clube.
O evento terá seis bandas a serem anunciadas, mais cerveja, burger e uísque, venda de discos e livros. A entrada para a festa custará, atenção: uma palheta de guitarra ou violão OU uma baqueta de bateria.
Se tudo correr dentro do programado, em setembro, um clube-restaurante com capacidade para 300 pessoas, que pertence ao grupo que controla o Cine Joia, PanAm, Lions e Yacht, será inaugurado no lugar onde foi o Aeroanta, com outro batismo.
Mas por enquanto é hora de fazermos a transição do passado para o futuro através dos escombros cool do velho Aeroanta. Desculpe o “transtorno”.
Público lota uma noite no Aeroanta, em Pinheiros, em 1988. Foto de César Itiberê, para a Folha de S.Paulo
* Mais detalhes da festa O Último Voo da Anta aparecerão nas redes sociais e por aqui, em breve.
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