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* Primeiro porque dá para, grosso modo, definir a série como uma “Sex and the City” indie. Sendo que é superindie e nada parecida com “Sex and the City”. O grupo de amigas, mais jovens e com bem menos, hum, “glamour”, e os personagens-satélites da série, moram no Brooklyn, em Nova York. Um deles tem até banda. Nos diálogos, citam grupos e clubes de rock. E sua premiere aconteceu onde? No festival South by Southwest, do Texas, claro.
* O seriado, já com quatro episódios e mostrado aos domingos na HBO americana, é incrível. Aqui no Brasil vai passar na emissora local, mas ainda sem data de estreia. A história mostra quatro amigas de 20 poucos anos, todas bem diferentes entre si, tentando ser felizes no trabalho/carreira em plena crise atual de emprego americana. E, principalmente, tentando ser felizes no amor, colecionando só fracassos em relacionamentos. “Girls”, que mantém uma média de quase 4 milhões de telespectadores por episódio, revela a garota Lena Dunham, que criou, dirige, escreve, é uma das produtoras e ainda por cima a atriz pessoal. A menina é gênia. Os diálogos e situações que ela consegue transformar em cenas são absurdos de bom e tem um ritmo delicioso.
* O personagem de Dunham, Hanna, se acha gorda e mais feia que as amigas gatas. Numa cena em que ela está chapada de ópio conversando com duas delas, Hanna fala: “Vocês duas são deusas. Quando eu olho para vocês, uma canção do Coldplay toca no meu coração”. Em uma discussão sobre o cara que não dá atenção para Hanna, a polêmica é que ele nunca respondeu o SMS que ela enviou, o que leva as amigas a dizerem para Hanna: “Esquece”. Depois fazem o ranking dos jeitos mais baixos de comunicação para chamar alguém para sair, conquistar, enfim, em escala de eficiência. Pela ordem: DM de Facebook, o chat do Gmail, o SMS, ligar no celular e por fim ao vivo.
* “Girls” sempre toca uma música inteira em seu final, na hora dos créditos. Às vezes, as músicas interagem com a cena derradeira. Já tocou a fofa The Echo Friendly (Brooklyn), a sueca Robyn, White Sea (garota que canta no/com o M83) e Harper Simon, o filho indie do Paul Simon.
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