A história diante dos olhos: fã brasileiro esteve a poucos metros de Chris Cornell em seu último show

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Lá se vai uma semana que o mundo ficou chocado com a partida repentina do grande Chris Cornell, um jovem de 52 anos, com uma importância histórica relevante, voz marcante do rock e ainda intocável, resistente ao tempo, algo raro de se ver (e ouvir).

Cornell se suicidou poucas horas após um belo show sold-out na roqueira Detroit, no dia 18. E, no meio das milhares de testemunhas da última ceia musical do roqueiro estava Marcelo Cordeiro, um brasileiro de São Paulo que está de férias em Nova York e deu um pulinho em Detroit para ver shows do Mastodon, Russian Circles e, principalmente, do próprio Soundgarden. Ele, e provavelmente ninguém (ou quase), imaginaria que aquele seria o último ato de Cornell em um palco. Quase colado em Cornell, Marcelo veria ali não só a última vez que o músico que integrou a revolução grunge botaria sua voz conhecida em público. O brasileiro veria Cornell em seus últimos momentos de vida.

Em um papo breve com a Popload, Marcelo contou que desde São Paulo já estava planejando ir até Detroit para ver o show, já que era a cidade “mais próxima” de Nova York na turnê da banda de Seattle. Assim que o show terminou, Marcelo foi direto ao aeroporto pegar o voo de volta para a cidade.

Marcelo, que estava na grade, entre Chris e Kim Thail, contou algumas de suas impressões sentidas durante o show: “Ele parecia ótimo. Cantando muito, e de bom humor. Agradeceu várias vezes a plateia, que tinha dado sold-out no show, e parecia feliz de estar ali. Brincou com os outros integrantes da banda. Por exemplo, quando iam começar a “Been Away for Too Long”, uma das cordas da guitarra dele quebrou, e ele foi para trás do palco trocar. Após uns dois minutos, ele voltou de mãos abanando e fez sinal para o Kim para levarem com uma guitarra só. Ao final da música, os dois riram”, conta.

O fã também descarta as possíveis teorias feitas pós-morte. “Difícil falar se ele tinha dado algum sinal [de que faria algo com a própria vida]. Já falaram sobre o trecho de ‘In My Time of Dying’ do Led ao final da ‘Slaves & Bulldozers’, mas eles já tinham tocado isso várias vezes. Falaram sobre ele ter dito que tinha pena da próxima cidade, pois o público e o show tinha sido tão bom. Acho que isso tudo é besteira.”

O brasileiro conta que ficou ainda mais chocado porque soube da notícia da morte do cantor ainda no aeroporto de Detroit, enquanto esperava seu voo para Nova York. “Descobri que ele tinha morrido umas 3 e meia da manhã, enquanto esperava o meu voo das 6h de volta a NYC. Soube checando o Facebook, primeiro pelo “NME”, e depois em todos os outros canais como o “Classic Rock” e etc. Fiquei desesperado. Na hora achei que pudesse ser uma parada cardíaca ou algo do tipo. Drogas? Talvez, mas parece que ele estava limpo há 15 anos ou mais”, lamentou.

Abaixo, algumas fotos e vídeos feitos pelo Marcelo a poucos metros do Chris, cedidos gentilmente à Popload.

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4 comments

  1. Agora que percebi que ele morreu no mês dia de Ian Curtis do Joy Division.

  2. E da mesma forma. Só falta descobrirem que ele também tava escutando o disco the idiot do Iggy pop.

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