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* Uma das bandas toda conceitualmente equivocada da nova geração, o Skaters, de Nova York, foi formado em Los Angeles. Nenhum dos integrantes do Skaters, seja o trio formador ou os dois agregados que formam o quinteto, sabe andar de skate.
Só outro dia fui descobrir que um dos cabeças da banda, Michael Ian Cummings, e o baterista agregado Noah Rubin, era do Dead Trees, uma banda de Boston que eu vi num desses South by Southwest tipo 2008, 2009 e pirei. E depois esqueci. Lembro que eu li uma vez que o Dead Trees era a banda preferida do Albert Hammond Jrs, dos Strokes.
Já tinha ouvido (e gostado) do álbum de estreia do Skaters, “Manhattan”, que vazou com certo barulho no ano passado mas originalmente foi lançado só em fevereiro deste ano, mas também não estava ligado que um dos guitarristas da banda era o Joshua Hubbard, inglês que tocava no Dirty Pretty Things, do Carl Libertines, o melhor amigo dele depois do Peter Dohart.
E quando formaram a banda, tipo 2013, em Los Angeles, se trancaram em Nova York para ficar tirando música dos Pixies, de Boston, até enjoar, segundo contam, para só a partir daí se assumir como um grupo decente a ponto de poder compor músicas próprias.
O Skaters tem sua historinha.
E são encanados com Nova York. Seja pelo nome do disco, por agora estarem todos baseados no Brooklyn, ou por se vestirem de jaqueta preta de couro tipo os Ramones, ou como os Beastie Boys como nessa session recente que eles fizeram para a espetacular rádio Triple J, de Sydney, na Austrália.
Session na qual tocaram, todos de uniforme da Adidas, a ótima “Miss Teen Massachusetts” (aqui reminiscência da época de Boston do Dead Trees), o primeiro single deles. E, claro, Ramones, uma boa versão para “Judy Is a Punk”. Se bem que não tem como errar essa música.
Vamos de Skaters, de Nova York, ao vivo na Austrália. A história errada deles começa a fazer todo o sentido do mundo a partir dessa session.
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