Beatles and Stones. O riso final da maior banda do mundo, em trailer. A treta da atual turnê americana da outra maior banda do mundo

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* Popload Classics.

– Saiu ontem o trailer de “Get Back”, o documentário dos Beatles de seis horas de duração, dividido em três partes, que o diretor Peter Jackson burilou em cima de quilos de latas de filmes com material inédito do magistral The Beatles que estava “perdido” (ou guardado) e representa o período imediatamente antes do final da banda, em 1970.

O filme estreia na plataforma Disney+ no dia 25 de novembro, dentro de pouco mais de um mês. E traz, entre sessions de estúdios e a famosa apresentação ao vivo no telhado do prédio da gravadora Apple, no número 3 da Savile Row, em Londres, em janeiro de 1969, o que seria o último show dos Beatles, digamos. Cinco músicas tocadas em 42 minutos em nove tomadas (era uma filmagem), com a música “Get Back” sendo performada por três vezes. Conforme a notícia do show bizarro dos Beatles foi se alastrando pela cidade, um povo foi aglomerando na rua, o que causou distúrbio do trânsito e chamou a atenção da polícia, que invadiu o prédio da Apple e acabou com o icônico concerto.

“Get Back”, o doc, mostra os Beatles em 1969 gravando seu disco final, o “Let It Be”, que seria lançado em maio do ano seguinte. O filme mostra um compilado de quase 60 horas de filmagens e 150 horas de áudio já na época delicada de separação, mas se mostrando bem amigos e um zoando o outro por muitas vezes. Segundo informe da Disney, “Get Back” pode ser considerado o mais íntimo e mais honesto momento do processo criativo entre os quatro rapazes jamais filmado.

O trailer, aqui embaixo. Pelo que entendemos, as três partes de “Get Back” passarão em dias diferentes no Disney+. Em 25, 26 e 27 de novembro, este último a data da final da Libertadores da América (ok, misturamos os assuntos).

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– Com a turnê americana em pleno curso, na retomada dos shows pós-quarentena e fazendo as primeiras apresentações sem nunca mais ter o saudoso Charlie Watts sentado na bateria, o outro grupo inglês gigantesco The Rolling Stones viraram ainda mais notícia por abandonarem a ideia de tocar nos concertos um de seus maiores hits: a música “Brown Sugar”.

A canção é considerada insensata, ofensiva e indelicada pelo conteúdo de sua letra, embora Mick Jagger tenha afirmado que a música condenada pode voltar para o setlist em breve.

“Brown Sugar”, lançada em 1971 e um dos começos de música mais emblemáticos da história do rock, escrita por Jagger num dos períodos mais zoados da história da banda, faz referências à escravidão no sul dos EUA, a sexo e a drogas. Para alguns detratores, inclui tortura, racismo, sexismo e até pedofilia.

“Gold coast slave ship bound for cotton fields
Sold in a market down in New Orleans
Skydog slaver knows he’s doing alright
Hear him whip the women just around midnight”

“Brown Sugar” some dos shows agora, sinal dos tempos, mesmo sendo a segunda música mais tocada pelos Stones, só perdendo para “Jumpin’ Jack Flash”. Segundo Jagger, a banda toca a canção todas as noites desde 1970 “mas, às vezes, de repente você pensa e tira uma dessas fora do setlist, para ver como o show caminha sem”.

Uma galera na Inglaterra está contrária à ideia de a banda abandonar um de seus grandes hits e alguns fãs chama a banda de covarde na internet, até.

O guitarrista Keith Richards, segundo o jornal britânico “The Guardian” confirmou em entrevistas em Los Angeles que “Brown Sugar” está mesmo ficando de fora dos setlists, mas que ele anda bem confuso sobre essa onda negativa que a música passou a sofrer nos últimos meses.

“Estou tentando descobrir com as sisters onde é que está a problemática. Essa galera que passou a ficar contra a música não entende que é uma canção dos anos 70 sobre os horrores da escravidão?”

“Brown Sugar” atingiu o segundo lugar das paradas britânicas quando foi lançada. E em números atuais ao hit já foi acionado no Spotify 170 milhões de vezes.

Os Stones tocam hoje no SoFi Stadium, em Inglewood, Califórnia, num show esgotado. Amanhã vemos se “Brown Sugar” não vai estar mesmo no setlist. A música foi tocada pela última vez num show dos Stones nos EUA em 2019, em Miami.

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