Uma das principais figuras femininas da história da música e com suas cinco décadas a serviço não só de canções, mas também da arte e da literatura, é difícil acreditar que PATTI SMITH nunca tenha se apresentado em São Paulo, seja em eventos musicais ou literários (ela veio ao Brasil em 2006, mas passou apenas por Curitiba e Rio de Janeiro). Considerada a precursora do punk, seu disco de estreia Horses, de 1975, com uma sonoridade crua e direta, foi essencial para o movimento que surgia em Nova York nos anos 70. Mais de 40 anos depois, sua presença continua marcante tanto em manifestações artísticas como políticas: as letras, os livros, poemas, seus posts em redes sociais e o já tradicional “spoken word” das apresentações ao vivo são sempre marcados pelo engajamento em causas humanitárias e ambientalistas. Seus shows são viscerais e transformadores. Através das músicas e dos discursos pontuais, ela convida os fãs a participarem ativamente de cada trecho da performance, conscientizando e emocionando. Patti Smith influenciou toda uma geração do rock, de Michael Stipe, do REM, a Courtney Barnett, passando por Karen O (Yeah Yeah Yeahs), The Smiths, Sonic Youth, U2 e Florence and The Machine, citando apenas alguns. Com onze discos no repertório, “Because the Night”, hit de 1978 escrito em parceria com Bruce Springsteen, continua sendo sua canção mais conhecida, ao lado de “People Have the Power” (do disco Dream of Life, de 1988). Outros sucessos incluem “Gloria”, “Free Money” e “Redondo Beach”.