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– O papo famoso ressurgiu numa dessas muitas entrevistas que Dave Grohl dá por aí. O famosíssimo produtor Steve Albini ofereceu seus valiosos serviços para trabalhar no terceiro disco do Nirvana, o “In Utero” de forma gratuita, isso se a banda ganhasse dele num jogo de bilhar. A oferta era mais ousada. Albini já estava contratado pelo grupo de Kurt Cobain para botar suas mãos produtoras no sucessor do “Nevermind” por 100 mil dólares. Mas numa noite de farra com a banda veio com o desafio, que ainda era mais ousado: se ele ganhasse, o Nirvana pagaria o dobro para ele: US$ 200 mil. “Não é que eu era particularmente um grande jogador. Mas botava fé no meu taco”, disse Albini mais ou menos assim, numa tradução nossa apropriada para a ocasião. “Eu costumava fazer essa oferta para todas as bandas com quem eu trabalhava. Mas nenhuma nunca topou”, falou o produtor recentemente para a revista inglesa de metal “Kerrang!”. Pois é. O Nirvana não topou.
– O inglês Adam Curtis é um dos documentaristas mais importantes da atualidade. Seu filmes, lançados pela BBC, onde trabalha desde os anos 80, ajudam a desbravar e desmitificar temas espinhosos. Quem quiser entender como chegamos em um mundo tocado por máquinas, individualismo e uma falta de imaginação de alternativas tem que ver “HyperNormalisation” de 2016, “The Century of the Self”, de 2002, e “All Watched Over by Machines of Loving Grace”, de 2011. Curtis também já trabalhou em conjunto com nomes da música, como Damon Albarn do Blur e o Massive Atack.
“Can’t Get You Out Of My Head: An Emotional History of the Modern World” é sua nova série de filmes que estreia no dia 21 de fevereiro no BBC iPlayer. Dá uma sacada na sinopse divulgada pela emissora britânica: “Estamos vivendo dias estranhos. Em toda a Grã-Bretanha, Europa e América, as sociedades se dividiram e se polarizaram não apenas na política, mas em toda a cultura. Há raiva com a desigualdade e a corrupção cada vez maior – e uma desconfiança generalizada das elites. E nisso surgiu a pandemia que dramatizou brutalmente essas divisões. Mas, apesar do caos, há uma paralisia – uma sensação de que ninguém sabe como escapar disso. Esta nova série de filmes de Adam Curtis conta a história de como chegamos a este lugar. E por que tanto aqueles que estão no poder – e nós – achamos tão difícil seguir em frente”. Pesadíssimo. E necessário.
– Acaba de ir para o ar a apresentação da agora roqueira Miley Cyrus para o programa online Tiny Desk, de quem a Popload é forte seguidora pelos showzinhos especiais que eles proporcionam. Miley fez sua performance em seu quarto, uma vez que o “show no escritorinho” que marca a série ainda é feito no formato “home”. Ela chiquérrima cantando sentada na cama em um quarto tiny, colorido. A primeira música foi uma cover, da sensacional “Fade into You”, da grande banda californiana Mazzy Star, que machucava corações grunges no começo dos 90 por causa da voz e figura da vocalista Hope Sandoval. A segunda faixa da Tiny Desk da Miley foi a sua sugestiva “Golden G String”, do disco “Plastic Hearts”, do ano passado. Essa foi seguida pelo hit “Prisoner”, do mesmo disco, que encerrou a session.
– Jonny Greenwood, guitarrista do Radiohead, coleciona uma série de trabalhos em trilhas sonoras de filmes. Seu parceiro mais frequente é Paul Thomas Anderson, que de quebra já cuidou de vídeos de sua banda e da carreira solo de Thom Yorke. “Sangue Negro”, “O Mestre” e “Vício Inerente” são alguns dos títulos de Anderson que contam com Greenwood na trilha original. A parceria rendeu até uma indicação ao Oscar com a trilha de “Trama Fantasma”, (“Phantom Thread”, 2018). Foi anunciado agora que o mais novo trabalho de Jonny na área de filmes será para “Spencer”, uma produção sobre a princesa Diana, que será interpretada pela Kristen Stewart. A previsão é que seja lançado ainda neste ano.
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