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* Alguns chamam de lista da discórdia, outros apenas respeitam, mas todo ano uma das listas mais aguardadas e polêmicas é a da bíblia indie Pitchfork, o famoso site das notas quebradas de avaliação que tem festival, rádio, era indie e agora faz parte de um grande conglomerado, enfim. Copiando a Popload (cóf!).
Gosto de falar que o Pitchfork, lançado em 1995, era de uma salinha de Minneapolis e hoje ocupa algumas salas no One World Trade Center, em Manhattan, o prédio gigantesco que fica onde era o complexo do World Trade Center, que veio ao chão nos ataques terroristas de 2001, o ano em que não longe dali o novo rock dos Strokes mudou a música independente. Enfim.
Com seu famoso esquema de “notas” para os álbuns, o número 1 do ano não é surpresa alguma depois que Fiona Apple ganhou um incrível 10. NOTA DEZ!!! O que fez seu “Fetch the Bolt Cutters” perfeito entrar para um grupo hiperseleto na história da Pitchfork, que somente inclui outros 11 discos em 25 anos de reviews.
Mas voltando a 2020, o top 50 do site trouxe artistas-revelação como Rina Sawayama, Arca e Megan Thee Stallion. Entre os favoritos mais “pop”, Taylor Swift e Dua Lipa aparecem, mas em posições não tão privilegiadas. Ou seja, fora do creme do top 10.
A surpresa da lista de melhores discos do ano do Pitchfork fica por conta da banda inglesa indie Porridge Radio, estreando em 23º, e a cantora e guitarrista americana Soccer Mommy, que parou na 26º posição (esperávamos pelo menos um top 15 para ela).
A parte de cima da lista de discos do ano da Pitchfork, encabeçada pela infalível dobradinha Fiona Apple e Waxahatchee (cadé o Run the Jewels, Pitch?!), é a seguinte:
1. Fiona Apple – “Fetch the Bolt Cutters”
2. Waxahatchee – “Saint Cloud”
3. Moses Sumney – “Græ”
4. Phoebe Bridgers – “Punisher”
5. Perfume Genius – “Set My Heart on Fire Immediately”
6. Bob Dylan – “Rough and Rowdy Ways”
7. Yves Tumor – “Heaven to a Tortured Mind”
8. Haim – “Women in Music Pt. III”
9. Jessie Ware – “What’s Your Pleasure?”
10. Bad Bunny – “YHLQMDLG”
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