Lykke Li faz versão linda e desnecessária do clássico “I Will Survive”

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* A famosa cantora sueca de dream pop Lykke Li deve ser a centésima artista no mundo a botar seu jeitinho na absurda e clássica “I Will Survive”, hino do “pé na bunda” e da “volta por cima” de 1978, que chapou a disco music na voz de Gloria Gaynor.

A música é grandiosa demais. E um dos maiores erros de cálculo da história da música.

Foi inicialmente descartada do álbum que Gaynor lançou à época, “Love Tracks”, e acabou colocada como um mero lado B de um “compacto” do disco. Mas extrapolou expectativas e acabou virando um hit mundial, indo parar às pressas em novas prensagens do álbum “Love Tracks”, dessa vez como uma das principais músicas.

“I Will Survive” foi concebida como uma música de superação de um amor heterossexual, em que a mulher do ex-casal teria sido largada na relação e a muito custo conseguiu superar o rompimento. Mas a música acabou virando um hino dos gays de Nova York na época e depois do mundo todo, até hoje. Embora o clima “dolorido” e longe da esfuziante alegria disco, era tocada em pista nas boates gays de Manhattan e virou febre.

lykke

De Diana Ross à banda REM, “I Will Survive” foi regravada inúmeras vezes. Já foi interpretada na série “Glee” e a Demy Lovato fez uma versão para colocar na trilha de “Angry Birds: O Filme”.

A melhor cover feita para a canção de Gaynor, na nossa modéstia opinião, é a que a banda indie californiana Cake fez nos anos 90, com muita guitarra, ainda no calor grunge, e revertendo a dor do pé na bunda para o lado masculino. Disparada a melhor.

Agora vemos a sueca Lykke Li, que foi uma cantora gigante na virada para 2010 e principalmente em 2011, quando uma música sua, “I Follow River” ganhou um remix que foi colocado no polêmico filme francês “Azul É a Cor Mais Quente” e viralizou brutal, meter suas mãos delicadas em “I Will Survive”.

A versão piano e voz trêmula de Li deixa “I Will Survive” triste. A “superação”, de acordo com o que passa a cover da sueca, parece não ter acontecido nunca.

Vai ver é a pegada nórdica de Lykke Li gritando. Até porque, para dar uma ideia, o último disco da cantora, de 2018, se chama “So Sad, So Sexy”. O que pode explicar esta versão “triste” da “triste porém estimulante””I Will Survive”.

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