E não é que o surpreendente disco indie da Taylor Swift é bom mesmo?

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* E dá-lhe pop na POPload. Vamos ter que fazer hoje depois, um post sobre o Unknown Mortal Orchestra e outro do Grizzly Bear para equilibrar.

Outra musa pop, a jovem Taylor Swift, ainda que fazendo um disco “indie”, soltou hoje seu novo e oitavo disco, “Folklore”, anunciado ONTEM. E já acordamos com um cinco-estrelas na cara, vindo do jornal inglês “The Guardian”. Só restou correr ao disco para conferir. E que disco bom.

Taylor Swift, que vem se apurando na música desde seus tempos de princesinha country, chegou definitivamente para o nosso lado, com “Folklore”. Entrou para nossa turma, digamos. Desta vez miss Taylor teve ajuda em 11 das 16 faixas do disco de Aaron Dessner, o guitarrista da banda The National, tanto na produção, quanto tocando um pouco e ainda co-escrevendo músicas. Outro patrimônio do indie americano, Bon Iver, canta em “Folklore”, fazendo dueto com a moça na bonita “Exile”, baladinha marcada por um piano tocante. E, por fim, o disco é produzido forte por Jack Antonoff, especialista em dar rumos a talentos femininos do indie voltado ao pop, como Lana Del Rey, Lorde e Grimes. E à própria Taylor.

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É tudo inesperado neste novo disco. Ele ter saído quando Taylor Swift nem precisava tê-lo já lançado, porque seu último álbum, “Lover”, bem inferior a este (não que seja ruim), ganhou lojas e streamings no finalzinho de agosto do ano passado. Mas a pandemia e as frustrações de não excursionar propriamente com o show de “Lover”, contando muito com o cancelamento de seu show headliner no Glastonbury 50 anos que não aconteceu, levou a cantora ao “Folklore”, direto e reto.

Sim, o disco novo traz algumas heranças de seu passado de extremo sucesso como pós-adolescente e dona de canções próprias da idade. Mas Taylor Swift, ainda que não consigamos nos acostumar que ela já tenha 30 anos, mostra que cresceu. O termo já está pálido a esta altura, mas o “novo normal” cabe perfeitinho para Taylor Swift.

Talvez o mais engraçado em “Folklore” nas boas partes do disco, é que ele, por todo o banho de piano lindo, as guitarras delicadas e os toques eletrônicos suaves, fazem o álbum ser mais próximo aos fãs do National, para pegar a proximidade com Dessner, do que para os próprios fãs
de Taylor. E essa parece mesmo ser a intenção dela.

Conhecendo Taylor Swift de onde ela veio e o que ela alcançou e como alcançou, analisar as letras de “Folklore” pedem um capítulo (post) à parte. Vamos pensar em fazer isso. No “Guardian”, debaixo das 5 de 5 estrelas para o álbum, está escrito mais ou menos na crítica que “a quarentena tem sido frutífera para um certo vasculhamento da alma. Uma falta do muito provocando uma formação de novas memórias, provocadas e provocando devaneios nostálgicos. Este verão [e o que o verão provoca, no Hemisfério Norte] está começando a acabar. Mas este disco da Taylor Swift vai durar mais que o verão por mais vulnerável e fragmentada a cantora parece estar agora. E, por mais que se deseje [os fãs] que isso não marque o fim da era pop dela, o disco e suas letras têm jeito de apontar que as emoções de Taylor nunca estiveram tão agudas. E que isso veio para ficar”.

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