Popload Beats apresenta: Jhené Aiko

A POPLOAD agora abre espaço aos sábados para alguns colaboradores! Felipe Evangelista, fanático por hip-hop, responde pela coluna “Popload Beats”. Nesta semana, ele escreve sobre a nova queridinha do R&B, Jhené Aiko.

Popload Beats — por Felipe Evangelista

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A linda e talentosa Jhené Aiko

“No coração de LA, existe uma pequena garota perdida. Com uma cabeça cheia de cachos e o peso do mundo em seus ombros.”

É com essa frase que Jhené Aiko começa a música “In Love We Trust”, uma das muitas em que a cantora de Los Angeles fala sobre o amor e o sofrimento. Segundo a própria Aiko, essa é a frase que resume a sua vida e a sua música. Vida e música que caminham juntos desde a sua infância. Filha de um guitarrista, ela começou a carreira ainda jovem, aos 12 anos, quando assinou um contrato com a Epic Records/Sony para participar de forma coadjuvante do B2K, grupo masculino de grande sucesso no começo dos anos 2000 e que revelou o cantor Omarion. Aiko ficou no grupo por pouco mais de 2 anos, quando pediu para ter o seu contrato rescindido para voltar aos estudos.

O tempo passou, a garota cresceu e a música voltou para a sua vida, mais especificamente em março de 2011, quando ela lançou a mixtape “Sailing Soul(s)”. O projeto, que teve as participações de Miguel, Gucci Mane, Drake, Kanye West, Kendrick Lamar, entre outros, chamou a atenção da mídia e da indústria musical. Alguns meses após o lançamento, No I.D., produtor renomado e grande parceiro de Common e Kanye West, levou Aiko para a sua gravadora, a Artium Records (filiada da Def Jam).

Foi pela Artium que Jhené Aiko lançou no final do ano passado o seu primeiro trabalho oficial, o EP “Sail Out”. O projeto foi quase que inteiramente produzido pela dupla The Fisticuffs (apenas uma música teve a produção de No I.D.) e apresentou uma Aiko mais madura, que ainda fala de amor, de dificuldades e de sofrimentos, mas que trata também de assuntos mais pesados, como a depressão, o vício e o suicídio. O EP traz as participações dos rappers Childish Gambino, Vince Staples e dos seus parceiros de Califórnia Kendrick Lamar e Ab-Soul.

Nos próximos meses, Jhené Aiko planeja lançar o seu primeiro álbum, “Souled Out”. O primeiro single do álbum é “To Love & Die” e tem a participação do coletivo Cocaine 80s liderado pelo cantor James Fauntleroy. Outra música, lançada nessa semana e que provavelmente estará no projeto, é “Pressure”. Segundo o site da revista Vogue, que conversou com a cantora nessa semana, a inspiração para a música vem da pressão que ela está enfrentando para gravar o seu disco de estreia.

Pressão à parte, Aiko vem encantando a todos ao seu redor. Primeiro foi o rapper e cantor Drake que a convidou para participar da sua turnê no final do ano passado. O convite veio muito em conta pela sua participação na música “From Time” do último álbum do canadense. Outro que rasgou elogios foi o seu agora parceiro de gravadora Common. Em conversa com o site Rap-Up, o rapper mostrou que é fã da cantora. “Jhené Aiko é uma artista que eu realmente respeito. Eu acho que ela tem uma voz única na música e na cultura. Quando eu digo voz única, não é apenas a sua voz para cantar, mas o seu ponto de vista, quem ela é. O que ela oferece para o mundo é algo que é muito, muito especial.”
Com um elogio desses, a experiência de No I.D. no estúdio, a linda voz e a capacidade vista até agora, Jhené Aiko já é uma realidade na música e tem tudo para se transformar em uma das maiores cantoras de R&B dessa geração. Veremos o que o futuro lhe reserva.

*Felipe Evangelista tem 27 anos e passou mais da metade da vida ouvindo hip-hop. É administrador e aspirante a produtor musical.

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