Jake Bugg “conquista” a América. Ele vai conquistar São Paulo?

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* O menino-prodígio Jake Bugg, o Robin da música inglesa se você levar em consideração que o Noel Gallagher é o Batman, toca às 19h do dia 6 de abril em São Paulo. O guitarrista, violonista e cantor talentosíssimo com sua voz anasalada conflita no horário com o gigante grunge Soundgarden no Lollapalooza Brasil, em Interlagos.

O show no festival do autódromo paulistano e brasileiro será um bom teste da “popularidade” internética de Jake Bugg, versus um artista “velha-guarda” conhecido como o Soundgarden para o público roqueiro. Numa terra sem uma cena visível formada como é o Brasil (a nova MTV ninguém vê, os jornais não dão bola e a 89FM só toca o menino porque estão em “parceria” com o Lollapalooza), é uma oportunidade de a gente testar gerações, com tudo o que isso implica.

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Na Inglaterra Jake Bi-iu-gi-gi é um pouco consagrado. Já abriu para os Stones em show de verão no Hyde Park. Apenas. E há poucos dias, no final do fevereiro, ele tocou em Londres para um abarrotado Royal Albert Hall, pomposo, com uma plateia de 5.500 pessoas que esgotaram os ingressos rapidamente havia tempos.

Nos Estados Unidos, neste mês, aconteceu uma coisa engraçada para a carreira de Bugg, que acabou de sair da adolescência ao completar 20 anos de idade. Engraçada talvez não seja a palavra correta, enfim. O rapaz inglês tocou no programa pop-bagaceirinho “American Idol”, dias atrás. Foi o primeiro novo artista a ser convidado para se apresentar lá nesta nova temporada. Bugg, você pode imaginar, não é ninguém no mercado de música americano, embora já leve alguns bons indies para ver seus shows em Nova York, Seattle, Los Angeles, Chicago, lugares assim.

E lá foi Bugg mostrar sua cara e seu jeito inglesão de cantar no “American Idol”. Desempenhou a bela “Me and You”, canção de seu mais recente álbum, “Shangri-La”, já o segundo de sua carreira, lançado há quatro meses e que na melhor das hipóteses fez uma cócega somente na parada da Billboard, nos EUA, assim como o disco de estréia.

O efeito da aparição de Jake Bugg no “American Idol” fez “Shangri-La” entrar nesta semana que passou no QUINTO LUGAR da parada dos mais vendidos na América. As vendagens do disco nos EUA cresceram em poucos dias 551% em relação à performance do álbum na semana anterior, na Billboard.

Isso na paradona geral. No “chart” de álbuns folk, Shangri-la subiu para o número 2. Na parada alternativa, cravou o número 13. No Top Rock Albums, nº 19.

O disco de estréia do Bugg, que leva o seu nome no título, lançado em 2012, voltou das cinzas para a parada da Billboard. Entrou no número 200 no The Billboard 200.

Gosh! O que o “American Idol” pode fazer para um bizarrinho (para eles) moleque indie… Adoro essas histórias.

Vamos de três vídeos recentes de Bugg para ilustrar tudo isso acima.
1. um dele ao vivo no Royal Albert Hall em Londres, teatrão suntuoso inaugurado pela rainha Vitória em 1871, para concertos de ópera. Bugg tocando seu hit “Slumville Sunrise”, com a companhia de um convidado especial: Johnny Marr, dos Smiths
2. Jake Bugg no “American Idol” na apresentação que pode ter mudado sua vida. Repare que no passado, o suficiente para os cabelos serem bem diferentes, um dos jurados do programa, o músico country Keith Urban, já havia citado Bugg como “revelação da música”, num papo de bancada do “American Idol”, onde ele recomendava ficar de olho no programa. E que foi solenemente ignorado pela jurada Jennifer Lopez, hahahaha. Isso acho que em 2012. Sensacional.
3. Nesta semana, o incrível “sindicato” de rádios boas dos EUA, a NPR, soltou uma session de quatro músicas em vídeo (pouco mais de 12 minutos) de Jake Bugg, para a série “Tiny Desk Concert”, em que um artista toca numa mesa de escritório, com estante de livros atrás e tudo mais. É o outro lado da moeda forte americana. Primeiro uma apresentação de TV num supercenário para milhões e milhões de telespectadores, depois uma sessionzinha numa mesa de escritório para um conglomerado de rádios indies. Para a NPR, Bugg tocou “Slumville Sunrise”, “Me and You”, “Storm Passes Away” e “Lightining Bolt”.

Você vai ver o Bugg no Lollapalooza?

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