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* Você olha as redes sociais e bastante gente tem sempre uma história para contar sobre algum famoso que morre. Quase que botando SUA história como mais importante do que a própria notícia da morte em si. Como as redes estão aí (também) para isso, decidi contar a MINHA história com um desses mortos ilustres, infelizmente e desde ontem um morto ilustríssimo o ator Philip Seymour Hoffman. Mas não com ele exatamente. E sim com a BANDA Philip Seymour Hoffman.
Sim, tem uma banda chamada Philip Seymour Hoffman.
Um dia, acho que num desses South by Southwest da vida (só pode ser), vi na programação que ia ter um show do Philip Seymour Hoffman. Como eu adoro (adorava) o ator, pensei: “ele vai cantar ou fazer alguma presepada musical aqui no Texas”. Na hora em não tinha muitas informações e fiquei com a dúvida me atormentando, até chegar ao hotel, conferir o site do Sxsw e ver que era um sujeito, tipo homem-banda, que botou seu nome como Philip Seymour Hoffman.
Cara esquisitão, acho que de Los Angeles, um indie esquisito tipo o Sufjan Stevens ou o nosso Sebastião Estiva. Você escolhe. Ficou na minha memória, que quase nunca fica nada, que o Philip Seymour Hoffman, a banda, era uma espécie de Animal Collective indie.
Não preciso dizer que acabei não indo ver o Philip Seymour Hoffman tocar no Sxsw, não o ator. E, agora, sabendo dessa morte besta de um cara tããão talentoso, essa minha historinha pessoal com o Philip Seymour Hoffman ficaria mais bacana de ser contada agora. Porque, do jeito que o Sxsw é, vai que o Philip Seymour Hoffman ator não estivesse no show do Philip Seymour Hoffman banda.
** É quase impossível achar coisas sobre o Philip Seymour Hoffman da música. Porque sempre se cai em qualquer google no Philip Seymour Hoffman ator. Até o site dele, o band camp dele, tem um “dustin” antes do hoffman do nome, para a palhaçada ficar ainda maior mas pelo menos o endereço não se perder no espaço virtual. É Philipseymourdustinhoffman.bandcamp.com. Pensa.
*** E o álbum cuja capa está lá em cima, de 2010, chamado “Happiness Only Real When Shared” está aqui embaixo para quem quiser ouvir.
*** Quanto ao incrível ator, que foi encontrado morto ontem com uma seringa espetada no braço, tem duas cenas dele entre várias que eu gosto muito. Nem são suas melhores cenas, profissionalmente falando. É pessoal aqui. Uma dele falando sobre “cool” e não cool” com o pequeno jornalista musical em “Quase Famosos”. Ele é o mitológico Lester Bangs, no filme. Bangs é considerado um dos maiores jornalistas de música da história, com passagem pela “Rolling Stone” americana, “Playboy” e até “New Musical Express”, nos anos 60/70.
A outra é ele tendo uma leve discussão com o Adam Sandler no filme “Punch-Drunk Love”, de 2002.
**** R.i.P., PSH.
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