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* Nossas parceiras Bruna e Jode, duas amigas que viajam pelo mundo atrás de festivais legais, músicas de todas as tribos e gente cool, resolveram se arriscar em uma balada diferente. Os festivais mais “rock” tipo Governors Ball e Glastonbury deram lugar ao 100% eletrônico Ultra Music Festival, evento norte-americano que teve uma edição na Croácia no fim de semana passado. As meninas da SUMMER, a consultoria de viagens focadas em festas, baladas e eventos musicais fundada por elas, nos contam um pouco deste evento mais “pop”.
Continuando nossa saga pelos festivais ao redor do mundo, resolvemos mudar um pouco o estilo que vínhamos curtindo nos primeiros dias da viagem (Governors Ball, Glastonbury e Rock Werchter), para encarar o ULTRA EUROPE, edição que acontece na Croácia do festival americano Ultra Music Festival.
O evento de música eletrônica que tem DNA urbano acontece dentro do “Croatia Music Week”, com uma agenda de três dias de festival em Split, e mais quatro outros dias com festas em hotéis e iates em diferentes ilhas. A programação contava com os principais e mais populares nomes de EDM (eletronic dance music) como David Guetta, Hardwell, Martin Garrix, Armin Van Buuren, em uma estrutura montada dentro de um dos principais estádios da cidade.
Para quem está mais acostumado com festivais de rock, a grande diferença começa pelo festival ser uma mescla entre música e efeitos visuais, com um palco que tem um espaço pequeno para o DJ, mas com mais telões, e repleto de fumaça, chamas, papel picado e fogos de artifício. Essa mistura fanfarrona faz com que a energia da galera dure por horas e horas.
Com relação à música, os DJs aproveitaram os principais hits (escutamos remixes desde Bastille até Oasis) para animar a galera. O fechamento, e um dos pontos altos do festival, foi quando Hardwell conseguiu levar a onda do momento, Pokémon, para o palco, tocando a música do desenho para encerrar seu set. Por incrível que pareça a galera amou, e já tem gente no Brasil esperando ansiosamente o momento que ele fará isso por aqui. Hehe.
Foi assustador ver também a quantidade de brasileiros que encontramos por lá! Dá pra estimar que uma em cada 5 bandeiras era do nosso país, o que mostra que os brazucas estão cada vez mais interessados em curtir esse tipo de música e também cada vez mais buscando festivais pelo mundo. Isso nos fez lembrar por que um dos shows mais lotados e animados do Lollapalooza Brasil foi do Jack Ü, com uma chuva de hits no meio de tantas batidas e jogos de luzes (e, claro, com MC Bin Laden cantando “tá tranquilo tá favorável”).
Além de tudo isso que vivemos, tivemos a oportunidade de entrevistar o DJ Ferry Corsten, que tocou no palco principal no mesmo dia. Nosso foco de perguntas foi sobre nosso país e também festivais, e eles nos trouxe uma visão de quem toca há mais de 25 anos pelo mundo. Quando perguntamos sobre o ele achava de tocar no Brasil a resposta foi rápida: “A principal diferença é que no Brasil as pessoas são mais descontraídas. Você é convidado para fazer um set de 3 horas e quando vê já está tocando por 6 horas e tudo bem, geralmente na Europa ou América do norte você precisa ser muito restrito quanto a isso!”. Já quando a pergunta foi sobre a diferença entre tocar em um festival hoje ou 20 anos atrás, ele nos trouxe um ponto interessante: “Antigamente as pessoas iam para os festivais afim de escutar e conhecer músicas novas. Hoje em dia as pessoas querem escutar os hits, então os artistas tem que tocar as músicas mais famosas”.
Isso nos fez pensar que a fórmula atual dos festivais ainda funciona, mas porque as pessoas estão buscando uma forma de diversão e não somente ir em busca de novidades e desenvolver novos gostos musicais. Vale pela festa.