Nirvana e a música “infantil” mais legal da história. E as fotos acidentais do primeiro show da banda

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* Uma das melhores músicas da curta porém intensa história do Nirvana é, fácil, “Sliver”. Eu consigo enxergar a sonoridade e o espírito de toda uma geração contidos nessa canção. “Sliver” foi gravado como “single encomendado” pela Sub Pop em 1990. A história é longa, mas Cobain aproveitou que a banda TAD não ia usar o estúdio reservado e aproveitou a brecha para “fazer uma música”. Eles tinham o “lado B”. Queriam que Cobain inventasse o “lado A”. E esse foi “Sliver”.

“Sliver” só viria a aparecer em álbum na coletânea “Incesticide”, de 1992, um disco pós-“Nervermind” cheio de covers, sessions de rádio e demos, que, corre o papo, foi feito só para botarem “Sliver” para circular mais oficialmente, porque a música não parava de tocar nas college radios americanas e nas alternativas do Reino Unido.

“Sliver” tem uma genial de tão bobinha em cima de uma música tão incrível. Narra a história de uma criança (Cobain) deixada na casa dos avós pelos pais, que iam a um show. E ele não queria ficar lá. Queria ficar sozinho na casa dele. Descreve o jantar e a sobremesa, que foi um sorvete. Não conseguia mastigar a carne direito. Chorou a noite toda e o avô sugeriu que ele fosse ao quintal andar de bicicleta. Ele foi e estourou o dedão. Chorou mais, foi ver TV emburrado e caiu no sono. Acordou no colo da mãe, sendo levado de volta para a casa.

O vídeo de “Sliver” é demais. Tem Cobain com a icónica blusa vermelha e preta parecendo camisa do Flamengo, que ficou superfamosa. A filha do guitarrista com Courtney Love, Frances Bean Cobain, um bebê à época, aparece dançando tresloucada a linha de baixo que abre a música. Seguida por Dave Grohl batendo seu prato calmamente, na cadência. O vídeo é a coisa mais grunge e anos 90 que dá para imaginar.

Tudo isso para dizer que “Sliver” volta a um álbum de vinil agora em agosto, quando é relançado “Nirvana”, disco de “best-of” de capa preta originalmente lançado em 2002 só para abrigar uma inédita, “You Know You’re Right”, que finalmente vinha a público depois de uma longa batalha judicial entre a viúva de Kurt e os membros restantes do Nirvana.

O disco tinha a inédita, os hits, duas do famooooooso acústico da MTV e… “Sliver”. “Nirvana”, à época, vendeu 1 milhão de cópias nos EUA e 2 milhões na Europa.

Agora, o disco sai dia 28 de agosto nos EUA em versão “normal” de vinil 180 gramas e uma edição especial de vinil duplo de 45 rpm e 200 gramas com outros vários badulaques nirvânicos cool.

E, repetindo, tem “Sliver”.

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* Enquanto isso, uma garota americana de 19 anos teve sua conta de Twitter transformada em caos desde semana passada, quando postou uma foto do pai com uns amigos tocando num salão. A mão de Maggie Poukkula aparece na imagem segurando uma foto do pai, Tony Poukkula, e outros caras que vêm a ser Kurt Cobain e Krist Novoselic, com a mensagem: “Fotos do meu pai e de Kurt Cobain tocando juntos no passado”. Ela encontrou as imagens dentro de uma biografia de Kurt Cobain, na estante de casa. O pai é músico até hoje. E, descobriu-se, foi amigo de colégio de Cobain.

Acontece que a simples tweetada da menina mexeu forte com a legião de fãs do Nirvana. Especialistas da banda acreditam que a imagem não só são inéditas como podem ser de o PRIMEIRO SHOW DO NIRVANA, como banda. “Estudiosos” botam um show em Raymond, no Estado de Washington, de março de 1987. Pedidos de número de telefone do pai, para entrevistas e gravações para TV, começaram a aparecer nas DM da menina.

E, sim, chegaram à conclusão de que as imagens são sim do primeiro concerto do Nirvana na história, inéditas. Haha. E que história!!!

Nesse show específico, Kurt e Novoselic tocaram músicas do primórdio da banda como “Downer” e “Hairspray Queen”, além de algumas cover de Led Zeppelin com o Poukkula na guitarra.

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** A imagem que ilustra a chamada na home da Popload é do mesmo primeiro show, porém já conhecida.

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