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* Popload em Seattle, Washington, lado Norte e Oeste dos EUA. Mas logo mais zarpando para Portland, Oregon, “land of the hipsters”.
* Em tempos do grande documentário “sincero” do herói local, o mítico Kurt Cobain, o “Montage Heck”, que passa no Brasil em junho, está em exibição em algumas salas americanas e também em exibição em alguns computadores, já que faz um tempinho que vazou, me deparo com um texto sobre o “documentário DO ANO”, um outro filme. Como?
É um longa que está estreando agora no Seattle International Film Festival, que acontece por aqui até junho. Com duas exibições na semana que vem, “It’s So Easy And Other Lies” é o filme-do-livro sobre a vida de … Duff McKagan, ex-baixista do Guns N’ Roses e atual baixista do Guns N’ Roses fase Brasil e Las Vegas, se é que você me entende.
A história é a mesma, de um certo modo. Músico de underground punk de Seattle dos anos 80 que alcançou rápido a superfama internacional no começo dos 90, se afundou na heroína. Mas enquanto Kurt Cobain escolheu se matar, Duff trocou o vício em drogas pesadas por taças de vinho, livros e artigos de esporte para a ESPN e jornais de Seattle. Enfim… Fiquei curioso para ver.
* Outro “filho de Seattle”, porque morou por aqui por algum tempo e fez parte do cultuado Fleet Foxes, o nosso amigo Father John Misty é capa da atual edição da revista “Time Out New York”, que é um especial de música e festivais de verão. O “galã indie”, que é destaque do pop atual com o recém-lançado álbum “I Love You, Honeybear”, está tocando aqui pela região e se encontra comigo no final de semana no Sasquatch Festival, aparece na revista inclusive dando “conselhos amorosos” aos leitores. Misty é <3. Escreve as canções românticas mais legais dos últimos tempos na música independente e fez vídeo oficial com cenas de seu casamento recente, e por aí vai.
– Misty, o ex da minha amiga anda me flertando. Como eu lido com isso?
Crie uma conta fake no Facebook e fique atraindo ele para uma armadilha na linha “Como capturar um predador”. Depois vende tudo isso para uma rede de TV e fique milionária.
– Meu parceiro me chamou por outro nome enquanto transávamos. Conselho?
Assuma esse nome como seu, para ver o que acontece. Não responda quem te chame por qualquer outro nome, a não ser esse.
– Meu ex me chamou no Whatsapp para um café, mas ainda não superei que ele me trocou por outra. Devo responder?
Responda assim: “Que tal uma volta rápida. Só tenho tempo nesta semana para voltarmos o namoro. Café não consigo”.
– Devo rachar a conta ou deixá-lo pagar?
Eu acho que, se for um amor verdadeiro, vocês deveriam jantar e sair correndo juntos. É muito mais romântico e igualitário.
* Dei uma passada na Sonic Boom, em Seattle, no bairro Ballard que é o Brooklyn daqui, uma das lojas de discos mais importantes da cultura musical independente americana. Deixei uma grana lá comprando o novo Blur e um split do Ty Segall com o King Tuff. Lá eles botam 10 discos velhos de vinil quaisquer numa sacola, fecham ela, chamam de “Mystery Bag” e vendem a UM DÓLAR. Fazem isso com singles de 7″ também. Mas o que mais me chamou a atenção nesta loja é que o álbum da Courtney Barnett não só é o quarto mais vendido como está esgotado e por isso não consegue subir na “parada” da Sonic Boom. “Vendemos tudo o que tínhamos. Não tenho ideia quando vamos conseguir repor. Fizemos o pedido faz alguns dias e até agora nada. Estão prensando mais, nos disseram”, falou um atendente. Olha a Courtney! Ou ela virou o “novo Nirvana” ou subestimaram a capacidade de performance do disco dela. “Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit”, o “verdadeiro primeiro álbum da guitarrista australiana”, foi lançado no final de março.
* Figura das mais conhecidas em Seattle, a pessoa Courtney Love, para variar, não está cumprindo sua palavra dada há poucos meses, quando disse que “não estava interessada” em fazer música no momento. Ela lançou em formato digital um novo single, “Miss Narcissist”, pelo selo Ghost Ramp, de Nathan Williams, do Wavves. Em algumas semanas, a faixa será comercializada em formato físico com a b-side “Radio Killer”. Veja abaixo. Courtney Love faz show em Portland na sexta-feira, ABRINDO PARA A LANA DEL REY, no Amphitheater Northwest. Saco. Bem no dia que eu deixo a cidade para ir para o Sasquatch…
* A última do Cobain, tadinho. Fiz novamente aquela visita básica, de um certo turismo mórbido-musical, à casa em que o guitarrista do Nirvana se matou com um tiro na cabeça em abril de 1994, cujos estilhaços matou também o Nirvana, uma das bandas mais importantes da história, que havia revolucionado a música indie de forma brutal no começo daquela década. A casa, que fica no 171, Lake Washington Boulevard, uma região de mansões, lago enorme e floresta numa área nobre de Seattle, hoje tem um muro gigante de flores, que só deixa aparecer uma ponta dela, lá dentro. Ao lado, é mantido o jardim grande com um banco aos pés de uma árvore, onde o roqueiro brincava com sua filha Frances Bean quando pequenina e onde também foram jogadas parte de suas cinzas pela viúva Courtney Love, dizem. O banco está cheio de mensagens de fãs, flores e vira e mexe alguém deixa um presente qualquer para o músico. Fotos abaixo.
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