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* Um dos projetos mais legais e crescentes da cidade, o Cinesthesia acontece novamente hoje no Cine Joia, em São Paulo, desta vez combinando três seres atuantes em comunhão de um mesmo espetáculo. A música do grupo inglês Radiohead, o imortal filme “Nosferatu” (1922) e o público participativo: ou seja, você. Porque ali não é só assistir a um filme.
Em outra das noites em que o Cine Joia tem o que é de melhor, ser casa de shows moderna sem perder sua vocação de cinema antigo, o evento “Kid Nosferatu” botará em sincronia a obra-prima muda de horror expressionista do alemão (ou germânico) FW Murnau com o álbum “Kid A”, outra obra-prima, essa um pouco mais recente, do cultuado Radiohead, tocado ao vivo e na íntegra pela banda Radiohead Cover. O Thom Yorke está convidado a participar, se quiser. Alguém avisa?
No Cinesthesia “Kid Nosferatu”, o filme + música tem sua exibição a partir das 22h. O ingresso, a carga que ainda resta, está disponível aqui e dá direito a pipoca grátis à vontade e uma cerveja. A casa abre, toda climática, às 21h.
Considerado um dos 100 filmes mais importantes da história do cinema, “Nosferatu, Uma Sinfonia do Horror” é tido ainda como a segunda mais bem avaliada produção de terror de todos os tempos. É uma versão “pirata” de “Dracula”, clássico vampírico de Bram Stoker, numa interpretação expressionista alemã rodada em 1921, que de tão impactante depois também viraria obra clássica.
“Kid A” é, “apenas”, o quarto disco da banda do vampiro Thom Yorke, o sucessor de “OK Computer”, que causou comoção mundial ao ser “vazado” na internet em 2000, uma data ainda rara de lançamentos vazados. Foi considerado o álbum mais antecipado dos últimos 30 anos, na linha do “In Utero”, do Nirvana, por vir depois de uma obra-prima que catapultou a banda à estratosfera musical. É tido o mais bem acabado produto a ousar misturar o fino da indie music, mais IDM, krautrock, experimentalismos gerais, post-rock etc.
“Nosferatu” e “Kid A”, uma trombada clássica de música e cinema, vão poder ser “sentidos” hoje à noite, em São Paulo, em uma sincronia absurda e assustadora. E essa é a ideia.
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