O menino Cameron Winter no histórico e lotado Carnegie Hall, em NYC. Com o cineasta Paul Thomas Anderson filmando tudo. Tá bom?

Que loucura é este ano do Cameron Winter, o guitarrista/vocalista da banda Geese, mas talvez mais do que isso, ele é o Cameron Winter e ponto.

Não lembramos (pelo menos eu não lembro) outra banda que lançou um disco tão lindo e importante para a nova música (“Getting Killed”) e ao mesmo tempo seu frontman também lançou na mesma época um álbum solo do mesmo nível (“Heavy Metal”). E que tenha quem ache até melhor.

O nível da coisa pode ser medido quando há um tempinho eu pedi para um amigo, que vinha de Nova York para o Brasil, para me trazer os dois álbuns em vinil. Estive eu mesmo em NYC no meio do ano e não achei o solo do Winter na ocasião (o do Geese sairia no final de setembro) na Rough Trade de Manhattan. Simplesmente não achei e nem me toquei que aqui tínhamos ali “um problema”.

Meu amigo disse que tanto o do Geese quanto o do Cameron Winter estava o ano inteiro difícil de achar porque (1) estava vendendo bastante em vinil e (2) que junto há outros discos disputadinhos estava sufocando a produção de discos de vinil nas fabriquetas, que hoje em dia não são tantas e enormes assim. E que, veja bem, esse pequeno fenômeno estava fazendo as bandas recorrerem ao aumento da produção de CDs e K7s, para atender a demanda de gente que não se satisfaz em não ter o disco como “produto”, para muito além do digital. Enfim.

Voltando a Cameron Winter, que vem em maio a São Paulo para um show especial e único no Auditório do Ibirapuera, dentro da programação do C6 Festival, o moço segue se dividindo entre shows do Geese e, nas brechas, tipo agora, com seus incensados concertos solo. Concertos mesmo, no termo “erudito”, quase.

Ontem à noite Winter se apresentou em uma das mais prestigiosas salas de espetáculos do mundo, o Carnegie Hall, em Manhattan, Nova York.

O show foi no princípal dos auditórios do lugar, o Isaac Stern, que tem capacidade de 2.8 mil pessoas. Esgotadinho, óbvio.

As redes sociais, sobre essa apresentação de ontem, registrou forte a presença de um dos principais cineastas do planeta, o Paul Thomas Anderson (em cartaz com o ótimo “Uma Batalha Atrás da Outra”), filmando todo o show do líder do Geese. Hummmmm!

2025, com certeza, é o melhor ano da vida de Cameron Winter e ele ainda nem acabou. Neste final de semana, no sábado e no domingo, o músico de voz chorosa peculiar, de vários timbres, arrasta seu piano para o também histórico Palace Theatre, em Los Angeles, na Broadway californiana. Vamos ver o que vem dessas apresentações.

Abaixo, algumas coisinhas que rolaram ontem no show de Cameron Winter no Carnegie Hall, na casa dele, Nova York.