CENA – Mó veneno punk. Mastrobiso lança o single “Boyzin” e prepara lançamento de disco de estreia

Entre anúncios e cancelamentos do Sex Pistols no Brasil e a notícia de que o polêmico Johnny Rotten, ou melhor, John Lydon vem aí tocar com seu histórico PIL, o punk rock ancião ainda respira no Brasil. Ainda que com máscara de oxigênio.

Se você considerar que um protopunk lendário como o Iggy Pop não só andou se apresentando por aqui como foi até em lugares como a Casa de Francisco conferir um nome da nova MPB, a coisa fica mais engraçada.

Mas quem, além do Supla, outro velho-de-guerra do movimento sonoro e cultural que moldou a galera mundial nos anos 70, ainda liga para o punk hoje em dia?

A Mastrobiso, esta mina aí embaixo, liga!

Com o álbum de estreia marcado para sair em 7 de novembro pela Deck Disk, Nathalia Mastrobiso, cantora, DJ, atriz, influenciadora soltou nestes dias som e visual para “Boyzin”, novo single que acompanha “Tonhão” e “Chato do Krl” em “Essa Mina É Mó Veneno”, o disco que sai daqui pouco mais de um mês.

A banda Mastrobiso, colocando em perspectiva, é um quarteto liderado pela… Mastrobiso. A idéia é fazer a ponte do Johnny Rotten lá do começo para os dias de hoje, sem perder a ternura punk. Ela tem uma explicação para isso, em seu comunicado de imprensa: “[A parada] é reforçar ainda mais a nostalgia musical como forma de contar histórias e de se conectar com o novo público do rock brasileiro, sem medo de se expor”.

O “mal-comportamento” punk atual de Mastrobiso, no caso de “Boyzin”, tem forma num flerte flopado. “Busquei retratar a figura do homem sem iniciativa, algo que nós, mulheres heterossexuais, temos observado com frequência nos dias atuais. À medida que nos empoderamos e reconhecemos nosso próprio valor e direitos, acabamos nos tornando muita areia para alguns caminhões. Na internet, costumamos brincar dizendo que ‘estamos no mapa da fome’.”

Ok?

Mastrobiso se apresenta ao vivo no próximo dia 17, no Picles, em Pinheiros. No dia 9, dois dias depois que o álbum “Essa Mina É Mó Veneno” for lançado, Mastrobiso toca no clássico Hangar 110, junto com o grupo Meu Funeral.

E, aqui, “Boyzin”.