Uma das bandas mais importantes da história da música independente brasileira, o Cansei de Ser Sexy apareceu nos clubinhos toscos de São Paulo no começo de 2003 e meio de zoeira. Como o seu nome, tirado de uma frase de diva da cantora americana Beyoncé.

O terreno era fértil para nascer bandas assim, à época. Mas nenhuma foi como o CSS. A cena indie (e indie-dance) começava a ter graça de novo depois da penumbra do grunge e graças aos esforços iniciais de Strokes e White Stripes, de uma maravilhosa mistureba rock+eletrônico e de uma melhor assimilação da internet para além de mandar emails.
Mas nem o mais otimista ia achar que aquela algazarra de amigas com um amigo que era o único que realmente sabia tocar alguma coisa, experiente da cena indie paulistana, podia dar no que deu. Um estouro musical e ainda por cima uma revolução local de moda-comportamento-vida noturna.
A impressão é de que uma associação de nomes importantes em torno do Cansei de Ser Sexy aconteceu muito rápido que nem dava tempo de assimilar direito: Trama Virtual, “Folha de S.Paulo”, Sub Pop, “Billboard”, “New Music Express”, Tim Festival, Coachella, Glastonbury e vários outros dos principais festivais do mundo todo, paradas na Inglaterra, paradas na Austrália, paradas na Finlândia, propaganda para a gigante Apple, The Sims, programa Simple Life, trilha dos Fifa vários.
Tudo muito por causa e desde que lançaram o primeiro álbum em 2005, homônimo, que está completando 20 anos neste ano.
Este disco, graças a uma iniciativa da revista-site “Noize” ganha uma homenagem agora, ao ser lançado pela primeira vez em vinil no Brasil em edição especial para os assinantes do Noize Record Club, programa que se diz “o maior clube de assinatura de vinil da América Latina”.
O primeiro álbum do CSS, que na época de sua estreia em disco tinha na formação Lovefoxxx (vocal), Ana Rezende (guitarra), Luiza Sá (guitarra), Carolina Parra (teclado e guitarra), Iracema Trevisan (baixo) e Adriano Cintra , vem em LP amarelo opaco junto com a edição número 159 da revista “Noize”.
Detalhe: o vinil vai ter o hit “Superafim”, presente apenas na versão do disco lançada no Brasil, portanto fora da gringa.
