Salma Jô, vocalista do Carne Doce, fala sobre a sua maior referência na música

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Salma Jô é a vocalista e toda a força por trás do Carne Doce, nome imprescindível da rica cena indie brasileira, mais especificamente de Goiânia, nos últimos anos. Para o nosso especial Popload das Minas, ela fala sobre a sua maior inspiração: Elis Regina.

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RodrigoGianesi

Salma Jô em foto de Rodrigo Gianesi

A minha diva Elis Regina

Elis Regina é a minha diva-mãe. Minha mãe a apresentou, me ensinou a adorá-la. O timbre das duas é do mesmo tipo. São elas as minhas maiores referências e inspirações femininas.

Quando a escuto, faço com o conhecimento que adquiri ao longo do anos, com menos idolatria, reconheço erros e fraquezas que não percebia, mas admiro ainda mais a excelência, percebo ainda mais por que ela foi e por muitos ainda é considerada a maior. Encontro nela muita riqueza técnica e emocional, encontro várias mulheres e eu mesma, criança e adulta. É um berço.

Ser a maior cantora popular do Brasil era um objetivo confesso de Elis. Aos 20 já era a cantora mais bem paga do país. Era competitiva a ponto de puxar tapete de outras cantoras. Não era somente a intérprete, escolhia canções com o objetivo de fazer as melhores versões delas, melhores que as dos próprios autores. Estava sempre em busca de novos compositores e de letras fortes. Amadrinhou, lançou ou ajudou a consagrar Milton, Gil, Edu Lobo, Belchior, Ivan Lins entre outros. Para quem quiser saber mais, recomendo “Nada Será Como Antes”, biografia de Julio Maria.

Esta gravação para a TV Record foi um dos últimos registros antes de sua morte:

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