Na onda dos protestos, Pearl Jam libera o vídeo proibido de “Jeremy” (1993), remasterizado e sem cortar o final

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* Como uma forma de protestar contra a violência generalizada que assola este planeta descontrol, a veterana banda grunge (?) Pearl Jam resolveu meter o dedo numa ferida antiga e liberou sem cortes o famoso vídeo oficial de “Jeremy”, um de seus hinos, de 1992.

A sexta-feira passada, em meio ao turbilhão de contestações em todo o país ainda pelo incidente racista que vitimou George Floyd, ainda por cima foi lembrada nos EUA como o Dia Nacional da Conscientização da Violência das Armas de Fogo.

O grupo de Eddie Vedder achou oportuna a ideia de remasterizar em HD e soltar “Jeremy” sem censura bem na data, a versão sem cortes que conta a história de um menino que sofre bullying na escola e resolve acabar com a história botando uma arma na boca em plena classe, na frente da professora e dos coleguinhas. A história é real. Vedder fez a música depois de ler a história em um artigo de jornal de Seattle.

Terceiro single do álbum de estreia da banda (“Ten”), “Jeremy” teve dois vídeos na época. Um em 1991, ano em que o disco debut do Pearl Jam saiu, que mostrava em p&b a banda girando ao tocar e cantar a música. Uma arma de fogo aparece no final desse primeiro vídeo, sem maiores dramas.

No ano seguinte foi produzido o vídeo polêmico, que teve seu final censurado pelo impacto da cena do suicídio na sala de aula. Na versão editada, o ato é apenas sugerido.

O vídeo entrou imediatamente em alta-rotação na MTV americana (e brasileira) e é considerado o fator definitivo para o Pearl Jam estourar de vez. Ganhou quatro Video Music Awards na emissora, em 1993.

“A crescente onda de violência com armas de fogo, desde que ‘Jeremy’ estreou, é impressionante. A gente pode evitar essas mortes por armas, sejam elas tiroteio em massa, suicídio, em pena de morte ou acidental”, disse a banda, em comunicado.

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